/

Cimeira de Lima cria condições para “acordo climático abrangente”

Peter Morgan / Flickr

-

Os países participantes na Cimeira do Clima, no Peru, decidiram este domingo que todos terão de aprovar medidas para combater o aquecimento global, mas deixou muitas frentes de debate em aberto.

De acordo com o documento final da cimeira aprovado hoje, em Lima, intitulado “A chamada à ação de Lima”, todos os países terão de apresentar à Organização das Nações Unidas (ONU), antes de 1 de outubro de 2015, compromissos “quantificáveis”, “ambiciosos” e “justos” de redução de gases de efeito de estufa.

Na 20ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, também ficou decidido que terão de apresentar informação detalhada das ações para conseguir que essa diminuição se cumpra efetivamente.

O ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, congratulou-se com os resultados da Cimeira de Lima, que permitiram “avançar na superação de divergências” e criar condições para se alcançar um “acordo climático abrangente” na Cimeira de Paris, em 2015.

“Em Lima a nossa tarefa era clara e foi cumprida: avançar na superação de divergências que duram há oito anos de modo a garantir que, ao contrário da Cimeira de Copenhaga, seremos capazes de, na Cimeira de Paris, no final de 2015, alcançar um acordo climático abrangente, inclusivo, ambicioso e economicamente eficiente”, referiu o ministro.

Em comunicado, o ministro refere que na Cimeira de Lima foi deliberado que todos os países – desenvolvidos e em vias de desenvolvimento – terão de apresentar, até 31 de março de 2015, as respetivas metas nacionais de mitigação das alterações climáticas, designadamente metas quantificadas e calendarizadas de redução das emissões de gases com efeito de estufa, formuladas de uma forma coerente, transparente e robusta.

Em novembro, os especialistas vão fazer uma avaliação global das intenções de cada país e avaliar se é suficiente para “evitar a subida do aquecimento global mais do que 1,5 ou 2 graus em relação à era pré-industrial”.

Essa avaliação irá anteceder um novo encontro em Paris, em dezembro, onde os países terão de assinar um novo compromisso para entrar em vigor em 2020, que ainda não é certo se será vinculativo.

/Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.