Um grupo internacional de cientistas dos EUA, Holanda, China e Reino Unido, conseguiu selecionar um anticorpo que aumenta a massa óssea e reduz a gordura corporal de cobaias na menopausa.
Segundo os especialistas, após a menopausa há uma alteração significativa dos níveis da hormona que regula o desenvolvimento, o crescimento e os processos reprodutivos do corpo humano: hormona folículo-estimulante (FSH).
Essas mudanças hormonais fazem com que o metabolismo das mulheres fique mais lento, tornando mais difícil a manutenção da massa muscular e provocando um aumento de peso. Nesse período, a perda óssea ocorre mais rapidamente, já que também há uma redução do estrogénio.
E, como a distribuição do peso também muda, a gordura começa a acumular-se em torno do estômago, em vez dos quadris e pernas.
Durante a experiência divulgada na Nature, os cientistas injetaram o anticorpo em cobaias fêmeas cujos ovários foram removidos, de modo a simular os efeitos da menopausa, e também testaram o anticorpo em animais alimentados com uma dieta de alto teor gorduroso. Nos dois casos, foi possível observar uma considerável perda de peso nas cobaias e o aumento de massa óssea.
De acordo com o líder do estudo, Mone Zaidi, da Universidade Mount Sinai, nos EUA, o anticorpo age especificamente contra a hormona folículo-estimulante (FSH), que, durante a menopausa, é produzida em grande quantidade.
“Estudamos o tecido adiposo em diferentes zonas do corpo, incluindo a gordura sob a pele e em torno de órgãos vitais. Em todas essas áreas, a gordura foi reduzida de forma dramática” destacou Zaiki.
Segundo os cientistas, será preciso realizar mais experiências para saber se realmente é possível produzir um anticorpo igual em humanos, mas o novo estudo abre caminho para a criação de um medicamento que possa prevenir a osteoporose, o aumento de peso na menopausa, e até tratar a obesidade em geral.