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Cientistas estão mais perto de descobrir a cura para a calvície

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Cientistas do RIKEN Center for Biosystems Dynamics Research, no Japão, encontraram uma forma de regenerar cabelo através de células estaminais.

O processo de crescimento do cabelo é cíclico e contínuo: cresce, cai e, depois, volta a crescer. Isto significa que, para um tratamento de regeneração capilar ser bem-sucedido, precisaria de produzir cabelo que também fosse capaz de se “reciclar”.

A equipa de cientistas, liderada por Takashi Tsuji, usou 220 combinações diferentes de ingredientes e cultivou células estaminais do pelo e dos bigodes de ratos em NFFSE – um tipo de colagénio -, para perceber se estas poderiam produzir cabelos “cíclicos”.

Os investigadores observaram, então, o cabelo regenerado durante várias semanas e descobriram que 81% dos folículos capilares criados em NFFSE passaram por, pelo menos, três ciclos e produziram cabelo normal. Por outro lado, 79% dos folículos cultivados noutro meio apenas passaram por um ciclo capilar.

De acordo com o Interesting Engeneering, através da parte externa das células, a equipa descobriu ainda que o ciclo mais eficaz estava relacionado com a adição de células Itgβ5.

“Descobrimos que quase 80% dos folículos atingiram os três ciclos capilares quando Itgβ5 foi injetada no folículo capilar epitelial, explicou o também autor Makoto Takeo, em comunicado.

“Por outro lado, apenas 13% [dos folículos] alcançaram os três ciclos quando Itgβ5 não estava presente”, disse, explicando que a análise também mostrou que essas células estão naturalmente localizadas na parte superior da região protuberante do folículo piloso.

“O nosso sistema de cultura estabelece um método para regeneração cíclica de folículos capilares a partir de células estaminais de folículos capilares”, acrescentou, “e irá ajudar a fazer com que a terapia de regeneração de folículos capilares seja uma realidade num futuro próximo”.

A próxima etapa do processo são os ensaios clínicos em seres humanos e, se forem bem-sucedidos, será um passo para a comunidade científica ficar mais próxima de desenvolver uma forma de combater a calvície.

O estudo foi publicado no dia 10 de fevereiro na revista Nature.

ZAP //

17 Comments

      • Pois, células-tronco e células estaminais são sinónimos. É caso para dizer que não havia necessidade… de substituir os termos…

      • Curioso!
        Eu tenho formação na área da biologia e estou habituado a usar e a ver ser usado esses termos indistintamente em Portugal.
        Pode indicar-me onde se está a basear para afirmar que células-tronco não é um termo usado em Portugal?

      • Caro leitor,
        No Brasil o termo utilizado é “células tronco”.
        Em Portugal, tal como referimos, o termo mais indicado e mais utilizado é “células estaminais”.
        Se fizer uma pesquisa no Google de “células tronco” no domínio .br, encontra 459 mil resultados. No domínio .pt, apenas 18 mil.
        Se fizer uma pesquisa no Google de “células estaminais” no domínio .br, encontra 43 mil resultados. No domínio .pt, encontra 95 mil resultados.
        Restringindo ainda a pesquisa ao domínio de uma universidade portuguesa, por exemplo a UP, encontra 1340 resultados de “células estaminais”, e 316 resultados de “células tronco” — dos quais 90 pudemos perceber que são relativos a um estudo de uma estudante brasileira.
        Em Portugal, o termo “células tronco” é efetivamente usado, mas é mais comum e aparentemente mais indicado o termo “células estaminais” — razão pela qual o adotamos habitualmente no ZAP.

  1. Pois, é bom saber que os cientistas estão mais perto de descobrir a cura para a calvície. Daqui a 20 ainda ainda estarão mais perto (tal como estamos agora mais perto do que há 20 anos)!
    Frequentemente, a ciência tem esta coisa boa: estamos sempre mais perto, sempre mais perto…

    • Pois, a ciência tem essa coisa boa de ter estado sempre mais perto, sempre mais perto, até descobrir as coisas todas que nas últimas décadas / centenas de anos tornaram a nossa vida melhor (ou pior).
      Por exemplo, a ciência esteve sempre mais perto, sempre mais perto, de descobrir tudo o que era necessário para fazer computadores. E esteve sempre mais perto, sempre mais perto de descobrir tudo o que era necessário para fazer a Internet. Até que descobriu. Para que hoje possamos todos vir aqui dizer que a ciência está sempre mais perto, sempre mais perto…

  2. A cura para a calvície, já foi anunciada várias vezes, e há um bom par de anos já havia inclusive, um laboratório a preparar-se para lançar o produto no mercado……..afinal é sempre tudo “treta” ou há um lobby dos implantes?????
    É cada vez mais difícil no mundo de hoje dar crédito à informação!!

  3. ZAP, infelizmente para os autores, este paper não foi publicado na Nature mas sim numa revista do grupo, que é como se fosse a gama de entrada do grupo com publicação paga e facilitada. Provavelmente este trabalho foi submetido a revisão de pares em revistas com maior fator de impacto e não foi aceite e por isso optaram pela scientific reports que é do grupo nature mas uma openacess. Sei que para o leigo parece um preciosismo, mas é como comparar o valor do Mercedes classe A com o SLS, já que são ambos Mercedes.

    • Caro leitor,
      Tem razão, a maior parte dos artigos publicados na revista Nature são normalmente publicados em cadernos ou revistas especializadas da Nature. Algumas destas são open access, o que, por si só, não implica a invalidade do estudo ou das suas conclusões, cujo conteúdo está aberto ao escrutínio dos leitores — sejam eles leigos ou entendidos na matéria.

  4. A “ciência” …. essa coisa vista por muitos como fosse um deus….
    Quantos estudos sobre a calvície foram lavrados e que colheitas?? Basta ver…. desde da questão genética, ambiental e de regime alimentar, tudo foi escrito… mas nada mudou… é uma questão de dinheiro.

  5. Está igual a cura da AIDS sempre perto e mas de 30 anos 3 décadas nunca chega ponto final quem manda são as indústrias farmacêutica inventando remédios que não servem para nada só para vender e nós iludir com marketing tudo balela e vamos chegar em 2030 e nada muda

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