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Cientistas já sabem como apagar memórias específicas (mas em lesmas)

Quem nunca sonhou em poder apagar algumas memórias desagradáveis do seu cérebro? Agora, talvez a ciência esteja próxima de conseguir que isso aconteça.

Um novo estudo com neurónios de lesmas indica que é possível apagar essas lembranças nos moluscos, o que abre caminho para a criação de um medicamento capaz de fazer o mesmo em seres humanos.

As lembranças a longo prazo são moderadas por sinapses, e as propriedades da região do cérebro onde estas acontecem podem ter a sua força aumentada ou diminuída. É isso que determina a manutenção da nossa memória.

O novo estudo – que foi publicado na Current Biology e foi conduzido por cientistas das Universidades de McGill, no Canadá, e da Columbia, nos EUA -, conseguiu reverter a intensidade das ações no local, permitindo reverter alterações de longo prazo na força sináptica.

Os especialistas utilizaram uma lesma marinha chamada Aplysia e apagaram, de maneira seletiva, algumas lembranças sinápticas de longo prazo.

No entanto, a equipa ainda ainda não tem a certeza se conseguiu apagar as lembranças permanentemente, ou se estas vão regressar. Ainda assim, estas novas descobertas abrem as portas para novas oportunidades no desenvolvimento de medicamentos capazes de apagar lembranças traumáticas que activem ansiedade e distúrbio de stress pós-traumático em pacientes, sem ter impacto nas memórias que são desejadas.

ZAP // Canaltech

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