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Cientistas descobriram os maiores “assassinos” de galáxias do Universo

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NASA / JPL-Caltech

As galáxias hiperativas que existiam nos primórdios do Universo foram apagadas e tornaram-se galáxias elípticas mortas devido a atividades extremamente intensas de buracos negros gigantes no centro delas, afirma um grupo de cientistas norte-americanos num estudo publicado no Astrophysical Journal.

Quase metade das galáxias, que rodeiam a Via Láctea, está “morta” do ponto de vista da evolução cosmológica — nelas já não nascem novas estrelas há muito tempo, por isso, pouco a pouco, vão se apagando.

Hai Fu da Universidade de Iowa, nos EUA, e os seus colegas descobriram provas de que os “assassinos” destas galáxias eram buracos negros hiperativos no centro delas.

“Estes quasares podem ter desempenhado o papel principal na extinção de galáxias mais ativas, onde várias estrelas nasciam a velocidades recordes. Esses buracos negros tornaram-se “assassinos” das suas galáxias por serem bastante potentes e conseguirem retirar das galáxias quase todo o gás necessário para formação de estrelas futuras”, contou o cientista.

Hai Fu e os seus colegas observaram algumas aglomerações mais antigas de estrelas do Universo, que pertencem a galáxias infravermelhas extremamente luminosas. A maioria destas galáxias está coberta por um “casaco” muito sólido e grosso de poeira.

Ao observá-las, os astrofísicos repararam que aproximadamente duas dezenas das galáxias se encontravam nas mesmas localizações onde antes tinham sido descobertos quasares extremamente luminosos, ou seja, buracos negros supermassivos.

A descoberta foi uma surpresa para os cientistas, que acreditavam que o “casulo” de poeira das galáxias infravermelhas as protegia da irradiação dos quasares.

No entanto, as observações demonstraram que os buracos negros crescem a uma velocidade extremamente alta, aumentando a sua massa quase três vezes mais rápido do que as próprias galáxias. Como acreditam os especialistas, isso permitia que atingissem uma potência fortíssima, necessária para perfurar o “casaco” de poeira das galáxias extremamente luminosas.

E, segundo os cientistas, todas as galáxias elípticas modernas podem ter aparecido de um modo semelhante. A resposta exata para esta pergunta só poderá ser dada daqui a dois ou três anos, quando for lançado o telescópio Espacial James Webb e outros observatórios, capazes de captar imagens destas galáxias.

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