Cientistas descobriram a fórmula da pipoca perfeita

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Dois físicos alegam ter descoberto a fórmula da pipoca perfeita! Estes investigadores analisaram a forma como os grãos de milho se transformam em pipocas e concluíram que o grande segredo é a temperatura.

Emmanuel Virot e Alexandre Ponomarenko, da Escola Politécnica de Paris, estavam a estudar porque é que os  ramos das árvores partem perante certas velocidades do vento. Mas, eventualmente para quebrar a rotina, decidiram “fazer um filme sobre pipocas a explodirem”, conforme revela Emmanuel Virot ao site Live Science, notando que descobriram “algumas propriedades e biomecânicas interessantes”.

Para analisar este processo de transformação que demora centésimos de segundo, os dois investigadores recorreram a câmaras de alta velocidade para avaliarem como é que as pipocas se formavam num micro-ondas. Eles manipularam a temperatura, subindo-a em 10 graus a cada cinco minutos, e concluíram que os 180 graus são o calor ideal para transformar os grãos de milho em pipocas.

“Descobrimos que a temperatura crítica é cerca de 180 graus, não importando o tamanho ou a forma do grão”, explica Emmanuel Virot citado pela agência de notícias AFP.

Num artigo na revista Royal Society Interface, os dois físicos explicam que cada grão de milho contém uma porção de água rodeada por amido. Quando o grão aquece, o vapor de água expande-se e transforma-se em vapor. Desta forma, o amido aquece e a sua gosma estoura através da casca. Quando esta gosma arrefece abruptamente, expande-se numa pipoca.

E, quanto ao som característico das pipocas a saltar na panela, os dois físicos apuraram que resulta da libertação do vapor de água do grão que cria uma espécie de caixa sonora no interior do miolo. São essas pequenas cavidades sonoras que provocam o tal “pop” característico.

Os dois investigadores concluíram ainda que, à medida que o interior macio invade a casca exterior, uma pequena “perna” de amido forma-se e empurra a pipoca contra o fundo da panela, como “uma espuma que cresce”, segundo explica Emmanuel Virot. Essa “perna” de amido funciona como um trampolim que lança a pipoca no ar.

Quanto aos grãos de milho que não estouram e ficam obsoletos no fundo da panela, os dois físicos entendem que terão defeitos na casca que não permitirão que o miolo atinja temperaturas altas e, logo, se expanda em pipoca.

Disto tudo, o truque que fica para aqueles que fazem pipocas em casa é que todos os grãos de milho devem atingir uma temperatura elevada uniforme para se transformarem neste saboroso petisco.

SV, ZAP

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