Cientistas da Universidades de Bristol, no Reino Unido, e da Universidade de Lund, na Suécia, descobriram o fóssil de verme aquático gigante com 400 milhões de anos, durante uma visita ao museu Royal Ontario, no Canadá.
O estudo, publicado na Nature, revela que que o verme tinha mandíbulas de um centímetro de largura – as maiores já observadas neste tipo de criatura – e podia chegar a ter um corpo de um metro de comprimento.
O animal foi batizado de Websteroprion armstrongi e é um antepassado marinho das minhocas e das sanguessugas.
“O gigantismo em animais é uma característica sedutora e ecologicamente importante, geralmente associada a vantagens e dominância competitiva. É, no entanto, um fenómeno pouco compreendido nas minhocas marinhas e nunca foi observado num fóssil”, destacou o cientista Mats Eriksson.
“A nova espécie demonstra um caso único de gigantismo do Paleozóico, há cerca de 400 milhões de anos atrás”, adiantou.
De acordo com os especialistas, o fóssil terá sido descoberto em 1990 por Derek Armstrong, e estava parado no museu Royal Ontario, no Canadá, sem ter sido corretamente investigado.
“Este é um excelente exemplo da importância de investigar áreas remotas e inexploradas para encontrar novas coisas excitantes, mas também a importância de examinar coleções de museus esquecidas”, disse o co-autor do estudo, David Rudkin.