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Cientistas criam sistema de aprendizagem acelerada tipo Matrix

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(dr) Warner Bros.

The Matrix, 1999

The Matrix, 1999

Em 1999, a obra-prima The Matrix estreou nos cinemas de todo o mundo, e causou um enorme impacto pela forma inovadora de realizar um filme de acção, e por apresentar uma história que cruzava inúmeras referências de tecnologia, filosofia e artes marciais.

Na obra, Neo, personagem interpretado por Keanu Reeves, aprendia a lutar jiu-jistu, ninjitsu e kung-fu de maneira acelerada, através de uma ficha inserida na nuca, que levava informação de um computador directamente para o seu cérebro.

Numa outra cena icónica do filme, Trinity, interpretada por Carrie-Anne Moss, aprende a pilotar um helicóptero no tempo de… um download.

Regressando agora ao tempo presente e à nossa (alegada) realidade, cientistas dos Estados Unidos afirmaram ter criado um método para reproduzir este sistema de aprendizagem na vida real.

De acordo com investigadores da HRL Laboratories, o dispositivo de aprendizagem instantânea não é tão eficaz e grandioso como o retratado no filme das irmãs Wachowski.

Na vida real, os cientistas estimularam o cérebro de um piloto inexperiente através de um eléctrodo embutido no seu capacete com sinais eléctricos captados a partir do cérebro de um piloto experiente.

Como resultado, o piloto inexperiente aperfeiçoou a sua capacidade de pilotar e a sua aprendizagem foi 33% mais rápida do que a dos restantes pilotos, que formaram o grupo placebo.

“O nosso sistema é um dos primeiros passos do género. É um sistema de estímulo cerebral”, explica Matthew Phillips, um dos cientistas envolvidos no projecto.

Parece uma coisa saída da ficção científica, mas há uma base científica bastante grande para o desenvolvimento do nosso sistema”, diz  Phillips.

“Quando aprendemos alguma coisa, o nosso cérebro muda fisicamente. Ligações são estabelecidas e fortalecidas, num processo chamado de neuroplasticidade”, acrescenta o cientista.

“Acontece que certas funções do cérebro, como a fala e memória, estão localizadas em regiões bastante específicas do cérebro. O que o nosso sistema faz é migrar estas mudanças para regiões específicas do cérebro, à medida que aprende”, conclui Matthew Phillips.

O investigador destaca o potencial do novo método, que não é algo exactamente inédito na história da humanidade, no aperfeiçoamento dos métodos de aprendizagem.

O método em si é bastante velho”, comenta Phillips. “De facto, os egípcios antigos há 4 mil anos já usavam peixes eléctricos para o estímulo e a redução de dores”.

Ainda assim, o aperfeiçoamento desta técnica pode produzir efeitos bastante positivo nos sistemas de aprendizagem dos seres humanos – num futuro não muito distante.

ZAP / Canaltech

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