Cientistas chineses desenvolvem possível inibidor do vírus Zika

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O Aedes aegypti pode transmitir três doenças: Zika, dengue e chikungunya

Uma equipa de investigadores chineses desenvolveu um possível inibidor do vírus Zika baseado em moléculas, que foi testado em ratos e poderá ajudar a combater a propagação do vírus entre seres humanos.

Segundo o jornal Shanghai Daily, a equipa é constituída por cientistas da Universidade de Fudan e do Instituto de Microbiologia e Epidemiologia de Pequim. Os resultados do estudo foram publicados na terça-feira no portal na internet Nature Communications.

A equipa desenvolveu um péptido sintético – moléculas biológicas constituídas por uma cadeia de aminoácidos – derivado da proteína de envelope do Zika, designada Z2, que pode inibir a infeção com o vírus.

A equipa descobriu que o Z2 pode interagir com a proteína de superfície do Zika e perturbar a integridade da membrana viral. O tratamento demonstrou ser eficaz em ratos e os cientistas esperam desenvolver um tratamento antiviral para seres humanos.

O Zika é um vírus transmitido por mosquitos que, entre outras patologias, pode causar febre, erupções e a microcefalia nos fetos, quando infeta uma grávida.

Não existe atualmente um tratamento terapêutico ou vacina específica, pelo que os esforços estão focados no desenvolvimento de fármacos antivirais e vacinas para o tratamento e prevenção.

A epidemia de Zika preocupou especialmente o Brasil e depois o mundo no final de 2015, quando médicos começaram a relacionar a doença com o aumento exponencial de nascimento de bebés com microcefalia ou com graves alterações neurológicas.

// Lusa

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