Cientistas apresentam método revolucionário para aquecer Marte

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Um novo estudo sugere uma nova abordagem para aquecer o Planeta Vermelho cerca de 5000 vezes mais eficiente do que as propostas anteriores.

Cientistas da Chicago University, da Northwestern University e da University of Central Florida propuseram uma abordagem revolucionária para a terraformação de Marte.

Este novo método, que usa partículas de poeira libertadas para a atmosfera, poderia aquecer o Planeta Vermelho em mais de 10 graus Celsius, atingindo uma temperatura adequada para a vida microbiana, num primeiro passo determinante para tornar o planeta habitável.

O método proposto é cerca de 5.000 vezes mais eficiente do que os anteriores. O que diferencia esta abordagem é o uso de recursos disponíveis no planeta, sendo, por isso, mais viável do que as propostas anteriores que dependiam da importação de materiais da Terra ou da mineração de recursos marcianos raros.

Implementar este plano demoraria algumas décadas, mas, segundo o EurekAlert, parece ser logisticamente mais fácil do que outros planos já propostos.

É certo que, apesar do avanço, os astronautas não seriam capazes de respirar o ar rarefeito do Planeta Vermelho, mas esta intervenção tornaria Marte habitável, pelo menos, para micróbios e culturas alimentares.

Estes, por sua vez, poderiam adicionar gradualmente oxigénio à atmosfera, tal como fizeram na Terra durante a sua História geológica.

Uma nova abordagem para um sonho milenar

Rovers como o Curiosity já nos provaram que a poeira de Marte é rica em ferro e alumínio. Por si só, estas partículas não são suficientes para aquecer o planeta, uma vez que tendem a arrefecer um pouco a superfície, em vez de a aquecer, devido ao seu tamanho e composição.

Mas se os cientistas projetassem as partículas de poeira com diferentes formas ou composições, talvez conseguissem reter o calor com mais eficiência.

Para testar a hipótese, a equipa projetou partículas em forma de hastes curtas, semelhantes em tamanho ao glitter disponível comercialmente. O objetivo era projetá-las para reter o calor que escapa e espalhar a luz solar em direção à superfície, aumentando o efeito estufa natural de Marte.

Os cálculos indicaram que, se as partículas fossem libertadas na atmosfera de Marte de forma contínua a uma velocidade de 30 litros por segundo, o planeta aqueceria mais de 10 graus Celsius. O efeito poderia ser percetível em poucos meses e o aquecimento seria reversível, cessando dentro de alguns anos caso a libertação de partículas fosse suspensa.

Ainda há muito trabalho por fazer, dado que os cientistas ainda nem sabem com que rapidez a poeira projetada sairia da atmosfera de Marte, por exemplo. Como tem água e nuvens, à medida que aquece, é possível que a água de Marte comece a condensar cada vez mais em torno das partículas e volte à superfície como chuva.

Apesar de este método representar um grande salto na investigação de terraformação, os investigadores salientam, contudo, que o estudo se concentra no aquecimento de Marte a temperaturas adequadas para a vida microbiana e não na criação de uma atmosfera respirável para os humanos.

O artigo científico foi publicado, este mês, na Science Advances.

ZAP //

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6 Comments

  1. Interessante pensar que eventualmente até podemos tornar Marte habitável, quando parece que é irremediável que iremos tornar a Terra inabitável.

  2. Porque não descobrem como esfriar o planeta que vivemos em vez de aquecer um que nem conhecem enada sabem sobre ele. Teorias de treta. A ciência coméça a ser uma palhaçáda….

  3. Não lhes chega estarem a dar cabo de um planeta que é a sua própria casa, por sinal, que agora querem ir dar cabo de outro? Sera possível…??? Que tal porém a ciência ao serviço do bem comum!!! Será que ainda sabem o que isso significa?

  4. Em ciência todas as descobertas e todas as evoluções abrem a porta para as seguintes. Seria maravilhoso que se conseguisse fazer isso em Marte. Tudo o que se puder descobrir lá, pode mais tarde ajudar a melhorar as condições do nosso próprio planeta. , Uma investigação e descoberta não prejudica outra investigação, pelo contrario, é assim que a ciência evolui.

  5. Deixem Marte em paz que não vale nada, nem gravidade tem de jeito.
    O grande desafio é tornar Vénus habitável. Isso, sim, é de homem e não de gaysolada.

  6. Um número insuficiente de pessoas, infelizmente, já entendeu que a “terraformação” é um processo inevitável… para que um planeta possa acolher vida senciente. Artificialmente… faz-nos lembrar o sucedido com o planeta NIBIRU e a saga em busca de OURO … onde quer que ele estivesse ! Sorte a da Terra ? Veremos …

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