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“Cidade girassol” leva luz à escuridão

ZAP // Dall-E-2

Design proposto por especialistas de em energia renovável e sustentabilidade inspira-se na disposição das sementes de girassol para novos edifícios. Versão “girassol” provou ser mais eficiente.

A captação de energia solar poderia aumentar significativamente nas cidades se estas adotassem um design inspirado na disposição das sementes de girassol para novos edifícios, segundo um estudo especialistas em energia renovável e sustentabilidade de vários países do Médio Oriente da Universidade de Sharjah.

O inovador design — que tem países com níveis mais baixos de radiação e áreas dependentes de combustíveis fósseis em mente — teve em conta a sombra projetada por construções e assegura a melhor utilização de energia solar possível, de acordo com o estudo publicado na revista Renewable Energy Focus este mês.

Comparando com o novo modelo os designs de cidades planeadas mais comuns — padrões em grelha e circular radial vistos em cidades como Bagdade e Barcelona  —, verificou-se que a versão “girassol” é 4% mais eficiente na zona do telhado e 12% mais eficiente nas fachadas, mesmo em áreas com pouca luz solar como Varsóvia, onde foi testado o modelo.

A mesma luz para todos

Para confirmar a eficiência de captação solar, a equipa considerou a máxima exposição ao sol nas superfícies das construções obtida em baixa radiação solar e em locais onde as as sombras são mais compridas.

O design em formato de flor de girassol assegura que a luz do sol chega da mesma forma a todas as construções.

A geometria das construções não foi alterada para as simulações, de modo a assegurar que nenhum fator influenciasse nas comparações, mas sim apenas a forma dos lotes.

Foram também consideradas as posições das escadas, visto que, para o uso de energia solar, painéis fotovoltaicos posicionados no topo e na fachada de construções precisam de se manter acessíveis.

Em simulações no hemisfério norte, os investigadores confirmaram que a melhor posição para as escadas era a direção oeste, enquanto o hemisfério sul beneficia mais de escadas a leste, evitando ao máximo a interferência da sua sombra.

O projeto, no entanto, não depende apenas da zona climática da cidade, mas também da capacidade do design arquitetónico em minimizar o comprimento das sombras, de forma a maximizar a exposição solar.

ZAP // CanalTech

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