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Ciclistas querem seguradoras dos carros a pagar acidentes – mesmo sem culpa

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Ana Milena Ospina / Flickr

As associações de ciclistas defendem que os estragos causados por um acidente entre um veículo a motor e uma bicicleta devem ser pagos pela seguradora do motorizado, mesmo que a culpa seja do ciclista e o seguro seja agravado.

A posição é explicada por Mário Alves, representante da Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta (MUBI) com o facto de ser essa a legislação adotada noutros países da União Europeia.

Segundo referiu à Lusa, existe uma diretiva europeia denominada como “responsabilidade objetiva” que já é aplicada noutros países europeus e que determina que, “em caso de colisões, independentemente de quem é culpado, deverá haver uma cobertura dos danos por parte das seguradoras automóveis”, mesmo que posteriormente seja agravado o valor pago à seguradora.

Para Mário Alves, é natural que o seguro do automóvel seja agravado, mesmo quando a culpa é do ciclista, já que o carro “é bastante pesado e custoso para a sociedade”.

“Mais um pequeno agravamento não parece que seja muito grave”, afirmou.

O carro é “uma arma potencial“, frisou Mário Alves, acrescentando que “quem tem uma carta de condução, tem de ter responsabilidades para com aqueles que não têm”.

Para José Caetano, o presidente da Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB) o pagamento pelo seguro automóvel dos danos de um acidente causado por uma bicicleta tem ainda uma outra explicação.

José Caetano acredita que se fosse obrigatório seguro para os ciclistas “também teria de ser obrigatório para os peões, já que [estes também] atravessam a via pública e usam passeios”.

De acordo com o responsável da Fpcub, os problemas de sinistralidade devem ser “responsabilidade dos veículos motorizados, sejam eles motos, automóveis ou veículos pesados” até porque “a utilização de bicicleta é boa para a saúde, ambiente e economia”.

Mais direitos, mais obrigações

A visão de quem representa o setor automóvel é, no entanto, diferente.

Para o presidente do Automóvel Club de Portugal (ACP), Carlos Barbosa, o novo Código da Estrada “tem de ser revisto”, tendo em conta que os ciclistas “não estão habituados a conviver em ambiente rodoviário” e ganharam direitos.

“Se têm mais direitos têm também de ter mais obrigações“, considerou.

/Lusa

16 Comments

  1. mas está tudo doido ?, desde quando tenho que pagar quando não sou culpado, daqui a nada andam os ciclistas todos a ter acidentes para ganharem uma bicicleta nova, por amor de deus tenham tino.

  2. Realmente este presidente desta federação deve morar noutro planeta ou anda a tomar qualquer coisa que lhe faz ter estas ideias “malucas”, Imagina eu estar parado num semaforo, vem um cliclista da-me uma toque, ele fica ferido e estraga a bicicleta e eu ainda tenho que pagar as despesas. Onde é que este Presidente foi tirar estas ideias? Eu tenho carta de condução, sou do tempo em que para se andar de bicicleta teriamos que ter livrete (a bicicleta tinha matricula, caso contrário havia multa para isso). Tenho bicicleta e vejo o que se passa nas estradas. Para me salvaguardar destas situaçoes (acidentes), fui a uma seguradora e fiz um seguro (pago anualmente), sei que as seguradoras podem abusar, mas o ciclista fica salvo de qq pagamento em caso de acidente culposo ou não. Só quero dizer uma coisa ao Presidente desta federação ” pense nas palavras antes de dizer “asneiras” destas.

  3. Sem comentários…
    Este tipo de notícias são boas, para mais um início de semana, da para rir. Bom sentido de humor lá desse presidente das botas rotas…

  4. Pois é… mais nada e devia ser criada uma associação para quem anda a pé, aí dava um xuto na bicicleta e como o meu meio de transporte é inferiro tinha direito a uns ténis novos.

    Já não chega aturar esses gajos a ocupar a faixa de rodagem aos fins de semana em alegre cavaqueira enquanto circulam lado a lado agora ainda querem mas regalias, que façam mas é um seguro para eles

  5. Esta nova lei criada em relação aos ciclistas, é a maior estupidez alguma vez feita, estão a comparar um elefante com um rato.

  6. Já nada espanta, a vaga de anormais com cargos dirigentes não se aploca só ao governo.
    Eles são muito mais e andam por aí.
    Demo-nos por felizes por não pedirem tambem que compremos as bugas e mais a manutenção.
    Os porcos andam de bicicleta, ai andam andam

  7. Esta propostas por parte das associações de ciclista só prova a loucura dos tempos em que vivemos, pois estes se tivessem pelo menos dois por cento de inteligencia acima de um animal irracional, teriam vergonha de fazer uma proposta de desta natureza.

  8. Esta associação de ciclistas não representa ciclistas nenhuns!
    Representa um grupo de gajos à procura de notariedade.
    Nem eu, ciclista, nem nenhum dos ciclistas que eu conheço vê qualquer bom-senso ou justição nesta proposta! É simplesmente uma parvoice.
    E a prova é que vocês não vem ninguém, nem mesmo ciclistas, vir aos foruns defender esta ideia! É simplesmente uma parvoice.

  9. Isto nem merece credibilidade nem perda de tempo o que devia ser feito era obrigar os ” ciclistas ” a cumprir o código da estrada, como todos os outros veículos , que manda parar no sinal vermelho e dar prioridade quem se apresenta pela direita quando de direito. Quanto ao resto deve ser algum organismo com sede de algo que sendo em papel não faz barulho.

  10. Eu também queria receber todos os meses e não ter que trabalhar nem estar desempregado…mas isso não vai acontecer…

  11. é fácil quando acontecer algo comigo e um ciclista, se tenho de comunicar ao seguro, ao menos faço com razão, procuro em vez de desviar e evitar a colisão,procuro passar por cima, assim acaba um parasita que quer andar nas estradas á custa dos outros

  12. O que é que se passa com os utilizadores de bicicletas atualmente? Os veículos auto só os podem ultrapassar quando lhes for possível e a 1,5m de distancia lateral daqueles! Já vi filas enormes quando acontece haver um local em que, por lei, não são permitidas ultrapassagens e/ou algum transito há na via contrária. E porquê?!…porque se antigamente alguns ciclistas conscientes se deslocavam para a berma da estrada, quando possível, e agora além de já não seguirem em fila indiana, como era obrigatório, o fazem “descaradamente”, em pelotão, ocupando toda a faixa de rodagem. Bom seria que fossem obrigados a tirar a carta de condução como antigamente, terem seguro, e a bicicleta ter matricula. Já várias vezes me aconteceu que ao tentar entrar para a garagem do prédio em que resido, nem pararem no sinal de stop que existe na sua própria pista, que lá há, possivelmente por não saberem o que representa! Depois ainda nos agridem por palavras indecorosas como se a razão estivesse do lado deles. Será que não há um responsável consciente neste país que ponha cobro a este caos?

  13. Bem eu preciso de um bicicleta nova. Se calhar vou procurar o carro do Sr. Presidente desta Associação e ver se ele gosta que lhe aconteça o que está a defender.

    Há pessoas e pessoas, mas vamos ser objectivos. A maioria dos ciclistas em Lisboa não respeita o código da estrada. Ora vejamos:
    – Não pára em semáforos.
    – Não sabe o que significa ou ignora por completo o sinal de STOP.
    – Circula em contra-mão.
    – Circula em cima dos passeios quando a faixa de rodagem está livre.
    – Atravessa passadeiras em cima da bicicleta (para quem não se lembra, um ciclista só tem prioridade numa passadeira caso leve a bicicleta pela mão).
    – Tem total desrespeito pelos automobilista quando circula em pelotão e/ou lado a lado em “amena cavaqueira”.

    O ciclista não é mais que todos os outros e neste caso concordo com o Presidente do ACP, têm que ver os seus direitos revistos mas têm, ainda mais, que ter as suas obrigações revistas!

  14. Só pode ser uma noticia de 1 de Abril.
    Se me dissessem que as Associações exigiam o Seguro obrigatório aos Ciclistas, que os mesmos teriam que ter no mínimo uma carta de condução Municipal; as bicicletas com a respetiva matricula e uso obrigatório do espelho retrovisor no lado esquerdo assim como sempre que houvesse uma berma com largura superior a 1 metro não poderiam utilizar a faixa de rodagem, eu bateria até palmas e assinaria a petição.
    Infelizmente não basta termos que ir quilómetros atrás dos “caça reformas” ainda temos que levar com ciclistas sem o mínimo de civismo só porque têm direitos…….

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