Novo vídeo da agência dos EUA, divulgado no idioma russo, tenta recrutar agentes duplos. “O inimigo real é a Rússia”.
A Central Intelligence Agency (CIA) está novamente a tentar recrutar espiões russos, que sejam agentes duplos. Ou seja, fingir que estão do lado russo mas estão a colaborar com os Estados Unidos da América.
A agência de inteligência dos EUA publicou um novo vídeo, em idioma russo, para convencer russos insatisfeitos com a guerra na Ucrânia.
O director da CIA, William Burns, já tinha dito no ano passado que a agência tem esta oportunidade rara de contar com espiões russos, centrando-se precisamente nos locais que não gostam do que está a acontecer na Ucrânia.
Neste vídeo publicado nas redes sociais, tenta-se chegar aos russos patriotas, trabalhadores em agências de espionagem, que se sentem traídos por causa da corrupção generalizada entre a elite russa, e por causa dos fracassos militares.
“Aqueles que estão à tua volta podem não querer ouvir a verdade, mas nós queremos. Tu tens poder”, ouve-se no vídeo, cita a agência Reuters.
O vídeo mostra um homem russo que teve “coragem” para desafiar o próprio país, depois de se sentir “traído”.
“O inimigo real é a Rússia, com tanta corrupção entre os líderes e entre a elite, que vendeu o país em troca de palácios e iates, enquanto os soldados mastigam batatas podres e disparam armas pré-históricas”, acrescenta o russo.
O homem no vídeo também se queixa de que a população russa é obrigada a subornar para ter trabalho.
Segundo um funcionário da CIA, o alcance do recrutamento tornou-se maior por causa de vídeos como este.
Dmitry Peskov, porta-voz do Governo da Rússia, já desvalorizou este vídeo: “É uma prática comum, as agências de espionagem costumam utilizar as redes sociais para recrutarem. A CIA faz isso todos os anos”.
Além disso, Peskov disse que a CIA está a perder tempo ao tentar chegar a russos através do Facebook e do X, redes sociais bloqueadas na Rússia. “Alguém que diga à CIA que o VKontakte é muito mais popular do que o X. E a sua audiência é muito maior”.
Guerra na Ucrânia
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