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Como Christopher Nolan recriou a primeira explosão nuclear da História (sem usar CGIs)

Oppenheimer, o novo filme do realizador britânico Christopher Nolan, inclui uma recriação do primeiro teste de uma bomba nuclear — para a qual prescindiu de efeitos gerados por computador.

O aclamado realizador de cinema britânico Christopher Nolan, famoso pela sua preferência por efeitos práticos em detrimento dos CGI, recriou o primeiro teste de armas nucleares do mundo no seu próximo filme, “Oppenheimer“.

Com lançamento previsto para 21 de julho, o filme centra-se no físico teórico americano J. Robert Oppenheimer, figura proeminente do famoso Projeto Manhattan e frequentemente referido como o “pai da bomba atómica“.

A Experiência Trinity, teste realizado no Novo México em julho de 1945, foi a primeira detonação de uma arma nuclear, e a sua recriação representou um desafio significativo para Nolan e a sua equipa.

Scott R. Fisher, colaborador de longa data de Nolan, partilhou numa entrevista à revista Total Film alguns detalhes sobre o processo usado para criar a simulação desta enorme explosão para o filme.

A equipa utilizou uma “técnica à moda antiga” chamada “big-ature”, criando explosões em grande escala que parecem ainda maiores no ecrã devido à proximidade da câmara.

Durante as filmagens, que decorreram trabalhando em Los Alamos, no Novo México — nas proximidades do local onde decorreu o teste real —  a equipa usou uma variedade de materiais, incluindo gasolina, propano, pó de alumínio e magnésio para produzir o brilho dramático da explosão.

A verdadeira explosão Trinity libertou uma energia de cerca 25 quilotoneladas, resultando numa bola de fogo com 180 metros de largura que estilhaçou janelas a quase 200 km de distância e dizimou as árvores que se encontravam na região.

Nolan demonstrou previamente a sua dedicação ao realismo em filmes como “Tenet”, onde fez explodir um Boeing 747 real, e “Interstellar”, em que um buraco negro foi retratado com precisão com a orientação de um físico teórico do Caltech.

Agora, com “Oppenheimer”, Nolan eleva novamente a fasquia dos efeitos especiais sem CGI, proporcionando ao público uma representação cinematográfica única de um momento historicamente significativo e aterrorizante na história humana.

ZAP //

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