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China promete simplificar processo de vistos a estrangeiros que aceitem tomar a sua vacina

Wu Hong / EPA

A China tem tentado a todo o custo promover as suas vacinas contra a covid-19. Agora, uma nova medida promete flexibilizar a entrada no país a todos os estrangeiros que aceitem ser inoculados com as injeções chinesas.

Vários avisos sobre a nova política de “retomar as trocas interpessoais entre a China e outros países” foram emitidos pelas embaixadas ou consulados chineses nas Filipinas, Japão, Tailândia, Alemanha, Itália, Estados Unidos, Israel e Índia na segunda-feira.

Nas informações constava que a China tem o objetivo de simplificar o processo de entrada no país a todos aqueles que tenham um certificado que comprove que receberam uma vacina chinesa.

Esta medida surge como um dos esforços contínuos que o país está a levar a cabo para que as suas vacinas sejam bem aceites. É uma estratégia diplomática que pretende aprofundar os laços económicos com vários estados.

No entanto, esta medida encontra obstáculos, uma vez que alguns países estão receosos em administrar as vacinas produzidas na China, devido à falta de transparência de Pequim em relação ao seu desenvolvimento.

Em declarações na segunda-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Externas da China, Zhao Lijian, não especificou de que forma o processo seria agilizado, mas já há avisos por parte de algumas embaixadas.

No site da embaixada chinesa nos Estados Unidos uma nota dizia que os estrangeiros e os seus familiares em visita à China para retomar “o trabalho e a produção em vários campos” poderiam inscrever-se no processo.

Na Índia e nas Filipinas, os avisos nos sites das embaixadas referiam que os interessados ​​poderiam preparar as suas inscrições “de acordo com os requisitos antes da pandemia”.

Um comunicado emitido pela embaixada na Alemanha frisou que os candidatos não iriam precisar de enviar cartas-convite dos departamentos de relações externas ou comerciais das províncias.

Até agora, a China aprovou quatro vacinas, mas a maioria foi exportada para países em desenvolvimento. Enquanto os Estados Unidos e outros estados ocidentais monopolizaram grande parte das injeções existentes no mundo, Pequim interveio para oferecer a sua versão de vacina a países incapazes de a adquirir, diz o The Washington Post.

Durante grande parte do ano passado, a China manteve rígidos requisitos de entrada na fronteira. Para já, quem tem permissão para entrar no país deve ficar em quarentena por pelo menos duas semanas e geralmente requer aprovação especial.

Ana Isabel Moura, ZAP //

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