China ultrapassa a Rússia e torna-se o segundo maior vendedor de armas do mundo

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(dr) China Daily

Uma arma laser WJG-2002 de fabrico chinêschina

A China tornou-se, em 2017, o segundo maior exportador mundial de armas, de acordo com um novo relatório do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI), publicado na segunda-feira. O país ultrapassou a Rússia, perdendo somente para os Estados Unidos (EUA).

Segundo o relatório, citado pelo RT, a falta de dados confiáveis ​​impossibilitava ao instituto calcular o volume de vendas de armas das empresas chinesas. Agora, após ter acesso a esses dados, atualizou o SIPRI Top 100 – um ranking anual das 100 maiores empresas produtoras de armas e serviços militares do mundo.

“Em 2017, das 20 maiores empresas do ‘top 100’ do SIPRI, 11 estavam sediadas nos EUA, seis na Europa Ocidental e três na Rússia. Se as quatro empresas chinesas de armas englobadas no estudo tivessem sido incluídas no ‘top 100’, todas figurariam entre as primeiras 20″, referiu o instituto na sua página oficial.

O SIPRI acrescentou que as vendas combinadas de armas dessas quatro empresas chinesas atingiram um total de 54,1 mil milhões de dólares (cerca de 49 mil milhões de euros), o que equivale a 16,4 mil milhões de dólares (aproximadamente 14,9 mil milhões de euros) a mais que o resultado total obtido pelos fabricantes russos.

De acordo com o instituto, foram analisadas informações de quatro empresas chinesas – respeitantes ao período entre 2015 e 2017 -, que atuam em setores de produção de armas convencionais: aeroespacial, eletrónica e sistemas terrestres.

Ao contrário da maioria dos outros grandes produtores mundiais de armas, as empresas chinesas especializam-se num único setor de produção. Grande parte das empresas de outros países produzem uma gama mais ampla de armamento, atuando em diferentes setores – aeroespacial, sistemas terrestres e construção naval.

O SIPRI frisou que estas novas estimativas podem ainda estar subestimadas, devido à falta de transparência nos números de vendas de armas das empresas chinesas, o que continua a dificultar uma análise completa dessa indústria no país. Apesar disso, esclareceu que este relatório atua como um importante estudo que abre a porta a mais pesquisas e prepara o terreno para uma estimativa mais completa.

No ‘ranking’ encontram-se as empresas Lockheed Martin (EUA, 43,9 mil milhões de dólares), Boeing (EUA, 26,9 mil milhões), Northrop Grumman (EUA, 22,4 mil milhões), Raytheon (EUA, 22 mil milhões) e BAE Systems (Reino Unido, 21 mil milhões) nos primeiros cinco lugares.

Seguem-se a Aviation Industry Corp. da China – AVIC (China, 20,1 mil milhões), a General Dynamics (EUA, 19,5 mil milhões), a China North Industries Group Corp. – NORINCO (China, 17,2 mil milhões), a China Electronics Technology Group Corp. – CETC (China, 12,2 mil milhões) e a Airbus Group (consórcio europeu, 10 mil milhões).

ZAP //

3 Comments

  1. O negocio da morte.
    Reflexo do estadio moral em que nos encontramos.
    Entretanto todos os ratos falam em paz, democracia e direitos do homem.
    Cá se fazem , cá se pagam, mas os assassinos sao tantos que também Lá vao pagar muito, demasiado e por muito muito tempo.

  2. Ou seja, estamos a falar de mais de 200 mil milhões de euros anuais que são desperdiçados. Se este dinheiro fosse investido no bem estar global iríamos estar bem melhor em poucos anos…
    Há florestas para replantar, novas tecnologias ecológicas para desenvolver e implementar (tanto no ramo da energia como na substituição e limpeza dos plásticos do petróleo, limpeza de praias, rios e oceanos,…), há escolas, hospitais e infraestruturas para montar em países em desenvolvimento (o que iria parar os fluxos migratórios excessivos, já que as pessoas só fogem do país natal se não tiverem condições suficientes no seu local de origem)…
    Enfim, ainda há esperança, só é preciso mudar consciências. Haveremos de lá chegar 🙂

  3. Por isso é que os estados unidos são a potência que são e por isso é que tem a política de armas que tem, sem armas seriam um país pequenino pequenino.. em termos de status claro

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