Uma pequena cidade chinesa, que se situa perto da fronteira com o Mianmar, começou a usar câmaras de reconhecimento facial para monitorizar os movimentos dos moradores, de modo a tentar impedir surtos de covid-19.
As câmaras de vigilância já são uma presença assídua nos espaços públicos da China, o que faz com que as grandes cidades se tenham tornado bastante seguras e onde os atos de violência são raros.
Agora, as novas tecnologias também são utilizadas na luta contra o coronavírus. As autoridades chinesas não avisaram previamente a população, mas o uso de câmaras de reconhecimento facial tem sido usado para monitorizar os movimentos e o estado de saúde das pessoas, quando entram, ou saem, de certas regiões da cidade.
É o caso da cidade de Ruili, uma localidade próxima da fronteira com Mianmar, onde foram detetados 115 casos de coronavírus em apenas dez dias – sendo que alguns deles da variante Delta. Entre os casos de contágio, há muitos birmaneses, apesar das fronteiras se manterem fechadas.
Com a nova tecnologia, quem quiser entrar ou sair de uma zona residencial, supermercado ou qualquer outra área muito frequentada de Ruili, terá o seu rosto scaneado por uma câmara, referiram as autoridades.
Os dados estão associados a um código QR único que irá permitir vigiar, automaticamente, os deslocamentos de uma pessoa.
O uso dessa tecnologia e a omnipresença da vigilância na China têm gerado uma onda críticas, pois vários ativistas de direitos humanos consideram que este método invade a privacidade população.
Nesta terça-feira, a China registou 29 novos casos de covid-19, sendo que 27 foram classificados como “importados”, ou seja, referem-se a pessoas que chegam do exterior.
ZAP // AFP