A China proibiu os jornalistas de fazerem “trabalhos críticos” sem autorização prévia, uma decisão que representa um agravamento da repressão num país onde as restrições à imprensa são das mais rígidas a nível mundial.
Os jornalistas chineses “estão proibidos de realizarem trabalhos críticos a não ser que tenham recebido aprovação do seu local de trabalho”, anunciou hoje a administração estatal de imprensa, publicação, rádio, cinema e televisão, de acordo com a agência oficial de notícias Xinhua.
A decisão do Governo chinês é justificada com a intenção de evitar a extorsão, notícias pagas e reportagens falsas.
Os suspeitos de praticarem estas atividades podem ser acusados pela justiça e ficam sujeitos a perder a carteira profissionais e a serem expulsos do Partido Comunista, em caso de serem membros, acrescentou a Xinhua.
As autoridades chinesas têm mantido uma mão forte sobre a informação, com os meios de comunicação controlados pelo Governo e as redes sociais online sujeitas a forte censura.
As autoridades chinesas também lançaram recentemente uma forte ofensiva contra “rumores online”, estipulando que os utilizadores da internet podem enfrentar uma pena de prisão de três anos por escreverem mensagens difamatórias que sejam novamente publicadas 500 vezes.
A China surgia no ano passado em 173.º lugar numa lista de 179 países publicada pelos Repórteres Sem Fronteiras, tendo subido um lugar em relação a 2012.
/Lusa