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China abre primeiro hotel do mundo com ursos polares. Críticos avisam: “pertencem ao Ártico”

O hotel que está a dar que falar foi inaugurado na província de Heilongjiang, no nordeste da China. Descrito como o primeiro “hotel para ursos polares” do mundo, tem vindo a atrair muitos hóspedes, mas também há quem faça duras críticas.

O Polar Bear Hotel faz parte do parque temático Harbin Polarland na maior cidade de Heilongjiang, e abriu as suas portas na sexta-feira com a promessa de que os seus hóspedes poderiam ver ursos polares 24 horas por dia diretamente dos seus quartos, diz a CNN.

Os preços dos quartos do hotel variam de 1.888 a 2.288 yuans (entre 243 e 295 euros).

“Pode estar a comer, a brincar ou a dormir; os ursos polares irão fazer-lhe companhia”, pode ler-se na conta oficial do WeChat de Harbin Polarland, numa partilha feita a 11 de março.

Várias fotos e vídeos mostraram os hóspedes a contemplar dois ursos polares num recinto coberto com gelo artificial e pequenas piscinas de água.

Yang Liu, porta-voz da Harbin Polarland, garantiu à Reuters que a área interna é apenas parte do recinto total dos ursos e que estes podem estar ao ar livre quando a temperatura e a qualidade do ar assim o permitirem.

Contudo, há quem não esteja satisfeito com a novidade. São muitos os ativistas dos direitos dos animais que já se manifestaram contra a situação.

“Os ursos polares pertencem ao Ártico, não a zoológicos ou a caixas de vidro em aquários – muito menos a hotéis”, frisou Jason Baker, vice-presidente do grupo de direitos dos animais PETA, à Reuters.

O ativista alertou ainda que “os ursos polares são ativos durante cerca de 18 horas por dia na natureza, percorrendo áreas residenciais que podem abranger milhares de quilómetros, onde desfrutam de uma vida real.”

Também em 2016, um centro comercial na cidade de Guangzhou, no sul da China, atraiu grande contestação depois de surgirem vídeos de um urso polar deitado num recinto com paredes de vidro.

De recordar que o urso polar é tido como uma espécie vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

Ana Isabel Moura, ZAP //

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