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China posiciona aviões de combate em ilha disputada com Taiwan e Vietname

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Ilha Woody, disputada pela China, Taiwan e Vietname

A China colocou aviões de combate numa das ilhas disputadas do Mar do Sul da China, uma decisão que aumentará a tensão regional.

Com base em informações prestadas por altos funcionários dos Estados Unidos, a cadeia de televisão norte-americana Fox News revela que a China dispõe de aviões J-11 e JH-7 na Ilha Woody, no arquipélago das Paracel, disputado também por Taiwan e Vietname.

Trata-se do mesmo território junto ao qual uma embarcação militar norte-americana navegou no final de janeiro, numa ação classificada por Pequim como “provocação deliberada” e onde a China confirmou já manter armamento.

Segundo informações avançadas também pela Fox News na semana passada, com base em imagens registadas pelos satélites ImageSat International, a China terá mesmo instalado um sistema de lançamento de mísseis terra-ar na ilha.

ImageSat International N.V.

Imagens de satélite dos dias 3 e 14 de fevereiro mostram a instalação de mísseis na ilha de Woody, no arquipélago Paracels, no Mar do Sul da China

Imagens de satélite dos dias 3 e 14 de fevereiro mostram a instalação de mísseis na ilha de Woody, no arquipélago Paracels, no Mar do Sul da China

Os chefes da diplomacia dos Estados Unidos e China, John Kerry e Wang Yi, respectivamente, reuniram-se, entretanto, para tentar encontrar uma solução para as disputas territoriais naquela parte da Ásia-Pacífico.

“Queremos pôr fim à expansão e militarização dos lugares ocupados. Acreditamos que todo o mundo será beneficiado por uma efetiva desmilitarização”, disse hoje Kerry.

Sem culpar abertamente a China, o secretário de Estado norte-americano lamentou que “existam mísseis, aviões de combate, armas e artilharias, entre outras coisas, no Mar do Sul da China”.

“É uma grande preocupação para quem depende do mar para fazer trocas comerciais no Pacífico“, notou.

Por outro lado, Wang assegurou que “tanto a China como os EUA e os países da Associação de Nações do Sudeste Asiático se comprometeram a não militarizar” o território.

“John Kerry e eu concordamos em manter o nosso diálogo sobre o Mar do Sul da China para aprofundar o nosso entendimento comum. É importante evitar qualquer erro de cálculo”, destacou Wang.

O gigante asiático insiste que tem direitos de soberania sobre a quase totalidade do Mar do Sul da China, uma via marítima estratégica pela qual passam um terço do petróleo negociado internacionalmente.

Nos últimos meses, a China tem construído ilhas artificiais capazes de receber instalações militares em recifes do arquipélago Spratly, a sul do Paracel, disputado total ou parcialmente pela China, Vietname, Taiwan, Filipinas, Malásia e Brunei.

Agência Brasil

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