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China pede que se pare de “politizar” o caso da tenista Peng Shuai

OIS / IOC / GREG MARTIN HANDOUT / EPA

O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI) a falar por videochamada com a tenista chinesa Peng Shuai

Presidente do Comité Olímpico Internacional (COI) fez uma videochamada com a tenista chinesa Peng Shuai

A China pediu, esta terça-feira, que se pare de “politizar” o caso da tenista Peng Shuai, durante uma reação oficial excecional ao escândalo sexual que visa um antigo alto quadro do Partido Comunista Chinês (PCC).

“Acho que algumas pessoas deviam parar de usar deliberadamente esta questão para fins hostis e, especialmente, transformá-la numa questão política“, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian, em conferência de imprensa, não especificando exatamente a quem se dirigiam estas declarações.

Peng Shuai, que venceu o Torneio de Roland Garros em duplas em 2014, acusou o ex-vice-primeiro-ministro chinês Zhang Gaoli, no início de novembro, de forçá-la a ter relações sexuais há três anos, tendo desaparecido depois durante várias semanas.

Além de muitas estrelas do ténis mundial, como Chris Evert e Novak Djokovic, vários países ocidentais, incluindo França, Estados Unidos e Reino Unido, pediram a Pequim para esclarecer o assunto.

No domingo, a atleta apareceu finalmente, tendo feito uma videoconferência com o presidente do Comité Olímpico Internacional, Thomas Bach. A conversa terá durado 30 minutos mas não foi tornada pública, tendo sido divulgada apenas uma fotografia (a imagem acima que serve para ilustrar este artigo).

No entanto, o presidente do COI está a ser acusado por várias associações internacionais, entre as quais a Associação Feminina de Ténis (WTA), de encobrir o Governo chinês neste caso.

Este órgão, que supervisiona o circuito profissional feminino, já ameaçou até retirar os seus negócios da China se o regime do Presidente Xi Jinping não esclarecer as acusações de Peng.

Até agora, e apesar de questionado quase diariamente, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China recusou comentar o assunto, afirmando que não se tratava de uma questão diplomática. Os meios de comunicação social chineses também estão proibidos de se referirem ao caso.

ZAP // Lusa

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