Primeiro foi o aumento do número de empresas chinesas na “lista negra” dos Estados Unidos (EUA), que as impede de entrar neste país. Depois a ‘sugestão’ de Donald Trump a Pequim para que investigue os negócios dos Biden (Joe, democrata na corrida à presidência, e o filho Hunter) na China.
Segundo noticiou na terça-feira o Diário de Notícias, à subida de tom desta tensão entre os EUA e a China, o governo de Pequim apela a que Donald Trump corrija estes “caminhos errados” e deixe de “interferir” na soberania daquele país.
Na terça-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) da China disse que o país continuará a tomar “medidas firmes e resolutas para proteger sua segurança soberana”, quando questionado sobre a “lista negra” dos EUA de empresas chinesas.
O governo dos EUA alargou esta segunda-feira a “lista negra” de comércio para incluir algumas das principais ‘startups’ de inteligência artificial da China, justificando que se tratava de uma retaliação à forma como Pequim trata as minorias muçulmanas.
A medida fez escalar a tensão antes das negociações comerciais de alto nível em Washington nesta semana. A decisão tem como alvo 20 agências de segurança pública chinesas e oito empresas, incluindo a empresa de vigilância por vídeo Hikvision, além de líderes em tecnologia de reconhecimento facial SenseTime Group e Megvii Technology.
Numa conferência de imprensa em Pequim, o porta-voz Geng Shuang desafiou os EUA a “corrigir seus caminhos errados e parar de interferir nos assuntos da China”.
Já num comunicado do MNE, lia-se: “Pedimos aos Estados Unidos que parem imediatamente de fazer comentários irresponsáveis sobre a questão de Xinjiang, que parem de interferir nos assuntos internos da China e que removam as entidades chinesas relevantes da Lista de Entidades o mais rápido possível”.
“A China tomará todas as medidas necessárias para proteger resolutamente os seus interesses”, avançou o MNE, sem detalhar quais serão as possíveis medidas de retaliação, revelou a agência Lusa esta quarta-feira.
Apesar da nova fonte de tensão entre os dois países, o ministério confirmou na terça-feira que uma delegação composta pelo vice-primeiro-ministro Liu He, o ministro do Comércio ou o governador do banco central chinês, vai retomar esta semana, em Washington, as negociações para um acordo que ponha fim à guerra comercial.
Fora de questão investigar os Biden
De acordo com o Diário de Notícias, na mesma conferência de imprensa, o porta-voz do MNE chinês afastou qualquer cenário de investigação a Joe Biden e ao seu filho, como tinha sido sugerido por Donald Trump.
O presidente dos EUA – que está alvo de um ‘impeachment’ no Congresso por ter pedido ao presidente da Ucrânia que investigasse os Biden – sugeriu na semana passada que Pequim “iniciasse uma investigação” sobre a o democrata que concorre à Presidência em 2020 e seu filho Hunter, ambos com negócios na China.
Donald Trump disse que Joe Biden e o seu filho são “corruptos”, mas não mostrou provas que apoiem esta acusação. O MNE chinês sublinhou que não tinha intenção de intervir nos assuntos internos dos EUA, quando questionado sobre a sugestão do Presidente norte-americano.
Um verdadeiro democrata, este Sr. Trump…
E é pois o maduro e o da coreia do norte é que não são.