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Governante sugere “chazinhos e bolos” para acabar com agressões nas salas de espera dos hospitais

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Portugal.gov.pt

O Secretário de Estado da Saúde, António Sales Lacerda.,

“Salas de espera com bom aspecto, com televisão, revistas” e com “chazinhos e bolos” podem ajudar a reduzir o “clima de tensão” que se vive em alguns hospitais, contribuindo para acabar com as agressões a profissionais de saúde. É o que defende o Secretário de Estado da Saúde, António Sales Lacerda, num debate na Rádio Renascença.

Quando confrontado com as medidas que o Governo está a preparar no âmbito da intenção de acabar com as agressões nas salas de espera dos hospitais, Sales Lacerda frisou que a ideia é “investir nas medidas preventivas e protectoras“. Esse processo passa pela “identificação e sinalização dos factores de risco“, designadamente “o trabalho nocturno, o trabalho de emergência em Urgência, a questão do trabalho isolado, até fora das próprias instalações de saúde”, referiu o Secretário de Estado na Renascença, durante o programa “Em nome da Lei”.

Sales Lacerda defendeu ainda que é preciso “garantir um ambiente seguro e acolhedor”. “Salas de espera com bom aspecto, com televisão, revistas para os doentes poderem consultar, literacia, enfim, com alimentos leves até, ajudam a criar ambientes mais friendly [amigáveis]”, reforçou.

“As questões do reforço de segurança são muito importantes, mas é na prevenção que devemos apostar e não na repressão”, atirou quando se debatia também a pretensão de profissionais de saúde que querem ver agravadas as penas para os agressores.

A médica Isabel Martins, uma das signatárias da petição que visa sancionar mais severamente os agressores, reagiu de forma muito crítica à posição do Secretário de Estado. “As pessoas quando vão ao Hospital vão com dores, não estão à espera que lhes dêem chazinho e bolos”, vincou no debate na Renascença.

“Na Trindade, dão-lhes chazinhos e bolos e há o mesmo problema”, atirou ainda, frisando que “é preciso é tempo, que os médicos e os enfermeiros tenham tempo para estar e cuidar”, algo “que não têm” neste momento.

“Todos fazemos força para que isso venha a acontecer”, respondeu o secretário de Estado, justificando que falou em “chazinhos e bolos porque isso pode ser uma medida simples e coadjuvante, não é uma medida única, para criar uma ambiente com menor tensão“.

ZAP //

3 Comments

  1. Este gajo só pode estar a gozar c/ os portugueses. Vais aos hospitais públicos ? Está visto que não vais senão não falavas dessa maneira. Os Portugueses tem saudades do tempo da Leonor Beleza essa sim ía aos hospitais de surpresa verificar in loco como as situações estavam a correr, agora esta gentalha q se diz governante não o é. É sim DESGOVERNANTE. CAMBADA

  2. Num Estado de Direito, alicerçado na prossecução dos direitos liberdades e garantias dos cidadãos, que deveriam ser a preocupação central do poder politico para que os pudessem consubstanciar nos seus fins, temos um responsável e membro desse poder político a prescrever Cházinho e bolinhos aos utentes dos cuidados de saúde. Ninguém, em juízo perfeito ou com o mínimo de respeito por quem paga impostos para todo esse poder político, proferiria tais palavras. Na minha sala de estar costumo servir tal prescrição aos meus convidados ou consumo, em ato social, quando vou ao café. Quem recorre às urgências, não foi convidado para tal, muito menos está em confraternização social. Precisa que lhe seja feito um bom diagnóstico, prescritos os medicamentos e orientações adequadas ao seu quadro clínico, afim de não sucumbir, como temos tido vários casos noticiados pela comunicação social.
    Era interessante que as competências e o domínio de matérias fossem o elemento central de escolha de pessoas para o desempenho de funções no Estado.

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