O criador do ChatGPT pediu, ao governo norte-americano, controlo e regulação da inteligência artificial. Sam Altman falou ontem acerca dos riscos e benefícios da nova tecnologia, numa subcomissão do Senado dos EUA.
Sam Altman, CEO da OpenAI – empresa que desenvolveu o ChatGPT -, foi claro e não teve problemas em admitir: “é uma tecnologia que pode dar errado. Somos sinceros e queremos trabalhar com o governo para evitar que isso aconteça”.
Apesar da ajuda que pode dar em certo campos, com respostas rápidas e precisas, Altman reconhece os riscos da aplicação, sublinhando que é necessária a intervenção dos governos.
“Acreditamos que os benefícios das ferramentas que implantamos até agora superam amplamente os riscos, mas garantir sua segurança é vital para o nosso trabalho”, diz o CEO da OpenAI citado pelo The New York Times.
Sam Altman referiu que a inteligência artificial (IA) jamais poderá comprometer a segurança, os direitos e as liberdades dos cidadãos.
Para evitar cenários indesejados, Altman diz que é necessário licenciar as empresas de IA, e sugeriu a criação de um novo órgão governamental que controle e regule o setor.
A perda de postos de trabalho é uma das maiores ameaças associadas à IA.
No entanto, apesar de admitir que, de facto, “haverá impacto nos empregos”, Sam Altman espera que o ChatGPT possa vir a gerar mais novos empregos do que a destruir.
O CEO da OpenAI revelou-se também preocupado com o impacto que a IA pode ter nos espaços democráticos e sociais, uma vez que, quando usada de forma errada e maliciosa, pode contribuir para a difusão de desinformação.
Houve consenso no congresso norte-americano e um novo órgão para regular o setor deve ser mesmo implementado nos EUA.
O senador republicano, Josh Hawley, usou a expressão “bomba atómica” para se referir à nova tecnologia.
Do lado dos democratas, Richard Blumenthal disse que é necessário maximizar o bem sobre mal.
O Parlamento Europeu também pretende regular a utilização da IA e já deu alguns passos importantes nessa direção.
Na semana passada, as comissões parlamentares das Liberdades Cívicas e da Proteção dos Consumidores votaram o primeiro regulamento do mundo sobre inteligência artificial.
O objetivo é limitar a utilização da inteligência artificial, sem deixar de promover a evolução do setor.
Se sabiam que poderia dar errado, então por que o desenvolveram? Pela História aprendida, os governos só vão usá-la para benefício próprio ou para o mal.
É mais um Oppenheimer?!