LUDOVIC MARIN ; POOL/EPA

O presidente da França, Emmanuel Macron (C), o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer (E), e o chanceler alemão, Friedrich Merz (D), chegam à estação ferroviária de Kiev.
Europa, EUA e Ucrânia na mesma página, “bola está agora no campo da Rússia”, ameaçada com “aumento drástico das sanções”.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deu este sábado apoio à proposta de um cessar-fogo de 30 dias na Ucrânia, defendida pelos Estados Unidos e pelo quarteto de líderes europeus que estão em Kiev.
“Apoiamos a proposta de um cessar-fogo total e incondicional de 30 dias. Deve ser implementada sem pré-condições para abrir caminho a negociações de paz significativas. A bola está agora no campo da Rússia“, declarou Ursula von der Leyen na rede social X.
“Estamos prontos para manter uma forte pressão sobre a Rússia e impor sanções mais severas em caso de violação do cessar-fogo”, sublinhou a presidente da Comissão Europeia.
Segundo Von der Leyen, “o objetivo é claro: uma paz justa e duradoura para a Ucrânia, que é vital para a segurança e a estabilidade em todo o nosso continente”.
A proposta chegou este sábado, e está prevista para ter início a partir de segunda-feira, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano.
“A Ucrânia e os seus aliados estão prontos para um cessar-fogo completo e incondicional em terra, no ar e no mar durante pelo menos 30 dias a partir de segunda-feira”, afirmou Andrii Sybiha nas redes sociais, acrescentando que tal trégua “poderá abrir caminho para negociações de paz”.
A proposta foi feita na sequência de uma reunião realizada em Kiev entre os chefes de Estado e de Governo da Ucrânia, França, Alemanha, Reino Unido e Polónia, a chamada “coligação dos interessados”, à qual se seguiu uma conversa telefónica com o Presidente dos Estados Unidos.
“Após a reunião da ‘coligação dos dispostos’ em Kiev, os cinco líderes tiveram uma conversa proveitosa com o Presidente dos EUA, com foco nos esforços de paz”, adiantou Sybiha.
“Se a Rússia concordar e for garantida uma verificação eficaz, um cessar-fogo duradouro e medidas de construção de confiança podem abrir caminho a negociações” mais abrangentes, acrescentou.
A reunião decorreu com a presença do Presidente ucraniano, Vlodymyr Zelenskyy, do Presidente francês, Emmanuel Macron, dos primeiros-ministros do Reino Unido e da Polónia, Keir Starmer e Donald Tusk, e o novo chanceler alemão, Friedrich Merz.
Merz e Macron ameaçaram com um “aumento drástico das sanções” se Putin não aceitar esta medida, explicando que os principais aliados europeus da Ucrânia estão a agir em coordenação com Donald Trump.
Kremlin denuncia “contradição”
O Kremlin já respondeu à possibilidade de novas sanções europeias, dizendo que não vão afetar a sua posição. “Habituámo-nos às sanções”, declarou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.
Para aceitar a proposta apresentada, Moscovo exige o fim dos envios de armas para a Ucrânia.
“Estamos a ouvir declarações contraditórias da Europa. Centram-se no confronto, em vez de tentativas de tentar, de alguma forma, reavivar as nossas relações”, acusou o porta-voz da presidência russa (Kremlin), Dmitry Peskov, aos jornalistas.
Hoje é o último dia de um cessar-fogo unilateral de três dias declarado pela Rússia, que a Ucrânia diz ter sido repetidamente violado pelas forças do Kremlin.
A visita dos líderes europeus à Ucrânia marcou a primeira vez que os líderes dos quatro países viajaram juntos para a Ucrânia, enquanto Friedrich Merz efetuou a primeira deslocação a Kiev como novo chanceler da Alemanha.
ZAP // Lusa
Guerra na Ucrânia
-
10 Maio, 2025 “Coligação dos interessados” acorda cessar-fogo. Rússia rejeita ultimato de Merz e Macron
-
29 Abril, 2025 Rússia declara cessar-fogo total na Ucrânia durante 3 dias
Com o Diabo não se negoceia. Para já , não aceita nada. Tem de arranjar outra maneira de po-lo de Joelhos.
Talvez umas Bombas de precisão, domestique mais os animais.
“Habituámo-nos às sanções”, claro as sanções têm sido a brincar e o genocida do Putin ainda goza.
A Europa e os países amantes da paz têm de tomar, de uma vez por todas, uma posição de força contra a Rússia, senão isto acaba mal para os nossos filhos.