Uma nova pesquisa revela que os micróbios intestinais animais moldam variações na biologia das espécies e podem influenciar a evolução, incluindo o tamanho do cérebro.
Há anos que os cientistas tentam descobrir quais os fatores que proporcionaram que o cérebro dos mamíferos se desenvolvesse tanto. Agora, uma pesquisa da Universidade Northwestern aponta que os micróbios intestinais podem ter um papel importante nesse crescimento.
Publicado nesta segunda-feira na revista científica Microbial Genomics, o estudo envolveu uma experiência controlado em laboratório. Nela, os investigadores implantaram micróbios de duas espécies de primatas com cérebros grandes (humano e macaco-esquilo) e uma espécie de primata com cérebros pequenos (macaco) em camundongos.
As descobertas revelaram que os ratos com micróbios de espécies de primatas com cérebros grandes produziram e usaram mais energia, enquanto aqueles com micróbios de espécies de cérebros pequenos armazenaram mais energia na forma de gordura.
A pesquisa foi pioneira em demonstrar que os micróbios intestinais animais moldam variações na biologia das espécies. Esse facto reforça a hipótese de que os micróbios intestinais podem influenciar a evolução, ao alterar o funcionamento do corpo de um animal.
No caso, alterações da microbiota proporcionaram um maior aporte de energia, o que possivelmente resultou em cérebros grandes como os de algumas espécies que existem hoje, inclusive a humana.
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Por isso é que o Cerebro dos Elefantes tem o dobro do tamanho