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“Isto é sério”. CEO do maior banco dos EUA prevê recessão mundial já em meados de 2023

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jurvetson / Flickr

Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase

Jamie Dimon acredita que o decorrer da guerra na Ucrânia será determinante para as economias mundiais e considera que a Reserva Federal agiu já tarde na subida das taxas de juro para tentar conter a inflação.

O CEO do JP Morgan Chase, o maior banco dos Estados Unidos, acredita que a economia norte-americana está a enfrentar uma mistura de ventos contrários “muito, muito séria” que ameaça mergulhar o país e o resto do mundo numa recessão já em meados no próximo ano.

Jamie Dimon enumera a escalada de inflação, a subida das taxas de juro e o impacto da guerra na Ucrânia como os factores culpados pela crise iminente. Apesar disto, Dimon, acredita que os EUA ainda estão numa boa posição e antecipa que o impacto na população não seja tão grave como a crise financeira de 2008.

“Não podemos falar sobre a economia sem falarmos sobre o futuro — e isto é sério”, alerta o banqueiro em declarações à CNBC. “Estes são problemas sérios que provavelmente vão empurrar os EUA e o mundo — a Europa até já está em recessão — para algum tipo de recessão daqui a entre seis e nove meses“, considera.

Os comentários de Dimon surgem numa altura em que a Reserva Federal e o Banco Central Europeu têm aumentado as taxas de juro numa tentativa de conter a inflação e a desvalorização das moedas.

Sobre isto, o CEO do JP Morgan Chase considera que a Reserva Federal “esperou demasiado tempo e fez pouco“. “E, a partir daqui, vamos todos desejar-lhe (ao presidente da Reserva Federal, Jerome Powell) sucesso e fazer figas para que tenha conseguido desacelerar a economia o suficiente para que o que estiver para vir for leve”, acrescenta.

Dimon não aponta datas para o fim da temível recessão, que pode ser de “bastante moderada a bastante grave”, sendo que o seu impacto depende daquilo que acontece na guerra na Ucrânia.

O índice S&P 500 da bolsa também deverá cair “facilmente mais 20%” em relação aos valores actuais e Dimon acredita que esta segunda queda será “mais dolorosa” do que a primeira.

E Dimon não é o único director executivo preocupado. Uma sondagem da empresa de contabilidade KPMG concluiu que mais de oito em cada 10 CEOs antecipam uma recessão nos próximos 12 meses. Dos 1300 CEOs das maiores empresas do mundo , 73% acreditam que uma desaceleração económica vai travar o crescimento.

Cerca de 39% dos CEOs já implementaram um congelamento às contratações e 46% estão a considerar reduzir o número de funcionários durante os próximos seis meses.

Adriana Peixoto, ZAP //

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2 Comments

  1. O habilidoso, o medina e o Centeno continuam com o ilusionismo do dinheiro! Temos almofadas, o dinheiro está aqui, agora está ali…cativações!! Ilusionismo, como quem diz: enganação.

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