As empresas portuguesas que queiram investir no Brasil têm a partir de hoje em São Paulo à sua disposição o Centro+Negócios, da Câmara Portuguesa, um “escritório” totalmente equipado e onde podem nos primeiros tempos exercer atividade a baixo custo.
O centro foi hoje inaugurado em São Paulo pelo ministro da Economia português, António Pires de Lima, e por Ricardo Espírito Santo, presidente da Câmara Portuguesa, a entidade responsável pelo projeto em parceria com a Casa de Portugal.
O projeto conta ainda com o apoio institucional do Consulado Geral de Portugal em São Paulo e da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).
Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara Portuguesa, em São Paulo, explicou que a ideia de criar um centro de negócios que desse apoio às empresas portuguesas recém-chegadas e que querem montar um negócio surgiu há cerca de dois anos “em conversas entre os membros e associados” daquela entidade.
“Apercebemo-nos que muitas empresas chegam aqui ao Brasil e andam a bater à porta uns dos outros para tentar arranjar contactos, apoiando-se obviamente nas empresas portuguesas já existentes. Muitas pedem-nos ajuda, para contactar um advogado ou um contabilista ou um lugar para se instalarem”, contou à Lusa Ricardo Espírito Santo.
O “Centro+Negócios” abriu hoje portas, representando um investimento de 60 mil euros, e as empresas podem fazer deste espaço o seu próprio escritório durante períodos que vão de uma semana até seis meses, o que, de acordo com Ricardo Espírito Santo, é “obviamente flexível”.
Segundo Ricardo Espírito Santo, o valor do aluguer “é pequeno e razoável” – uma semana 500 reais e um mês 1000 reais. Por esta quantia, têm acesso a um posto de trabalho com internet, telefone e ao apoio das empresas que prestam serviços à Câmara Portuguesa, como empresas que tiram vistos de residência, de contabilidade, escritórios de advocacia e recursos humanos.
Os empreendedores também terão à disposição os benefícios oferecidos aos associados da Câmara Portuguesa, como acesso a um conjunto alargado de informações e estudos sobre o mercado e a uma rede de ‘networking’ formada por possíveis parceiros, fornecedores e clientes.
O novo centro está aberto a qualquer empresa, desde que esta seja associada da Câmara Portuguesa. Ricardo Espírito Santo explica porquê: “Somos uma entidade sem fins lucrativos e portanto só podemos prestar serviços aos nossos associados”.
Por sua vez, o presidente da AICEP, Miguel Frasquilho, frisou que “este é mais um passo que a AICEP também deu no Brasil para facilitar a vida às empresas, que ali chegam e não dispõem de grandes condições”.
“É uma iniciativa que será muito positiva para o futuro e que não existia até agora para as empresas que se queriam instalar e internacionalizar para o Brasil”, disse.
/Lusa