O ministro das Finanças, Mário Centeno, admite que a economia nacional vai crescer menos este ano, considerando que as previsões podem ser revistas em outubro, quando apresentar o Orçamento do Estado para 2017.
Em entrevista ao Público, Mário Centeno admitiu uma revisão das previsões para 2016 em outubro, quando apresentar o Orçamento para 2017, mostrando, igualmente, abertura para alterar a proposta do regime de requalificação dos funcionários públicos.
Mário Centeno avançou que o Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia, é uma alteração que tem de ser considerada como “estrutural na envolvente da economia portuguesa” pelo impacto na União Europeia e pelas “relações fortes e diretas” que Portugal tem com o Reino Unido.
“O Reino Unido é o nosso quarto maior cliente na exportação de bens, está entre o primeiro e o segundo lugar nas exportações de serviços, portanto, a resposta óbvia é que estamos atentos a isso. Temos acompanhado, quer internamente, quer através de estudos que têm sido feitos sobre o impacto do Brexit na economia portuguesa, e esse impacto é obvio”, disse.
Queda da procura externa penaliza crescimento
O ministro das Finanças confirmou no parlamento que a desaceleração da procura externa, que se deveu a “choques muito importantes”, como as situações em Angola, China, Brasil e o Brexit, penaliza o crescimento previsto para este ano.
Mário Centeno está a ser ouvido esta quarta-feira na comissão parlamentar do Trabalho e da Segurança Social, no dia em que foi publicada a entrevista ao Público.
Esta manhã, em resposta a uma questão levantada pelo deputado do PSD Pedro Roque sobre se o Governo pretende rever em baixa o cenário macroeconómico feito para este ano, Mário Centeno afirmou que, quando o executivo tomou posse, “a economia portuguesa não crescia há seis meses”.
“Alterar a economia numa situação destas leva tempo e requer ação e foi o que este Governo fez. O resultado deste primeiro trimestre, de [um crescimento de] 0,2% em cadeia, não é o número que este Governo deseja para a economia, mas é o trajeto de aceleração que se reforçou no segundo trimestre e que desejavelmente se possa manter ao longo do ano”, afirmou, reiterando “todas as previsões para a economia portuguesa preveem uma aceleração“.
O ministro das Finanças disse que, “se esta situação [de ausência de crescimento] se mantivesse, outras variáveis como o emprego ter-se-iam ressentido e isso não acontece”, uma vez que “há um crescimento de emprego muito forte nos serviços e na indústria”.
Mário Centeno disse ainda que, desde fevereiro, quando foi apresentado o Orçamento do Estado para 2016 (OE2016), se tem verificado uma desaceleração da procura externa e apresentou uma estimativa deste impacto no Produto Interno Bruto (PIB).
“No momento em que o Governo elaborou as últimas previsões, a procura externa crescia 4,6%. Neste momento, as organizações internacionais preveem para a procura externa – que não é afetada pelas políticas do Governo português e estamos a falar de choques muito importantes como a situação em Angola, na China, no Brasil e agora o Brexit [saída do Reino Unido da União Europeia] – um crescimento de 3,2%”, avançou.
Segundo o ministro, “uma desaceleração de 4,6% para 3,2% na procura externa tem um impacto de 0,36 pontos percentuais no crescimento”.
/Lusa
Parecem os meninos cábulas preparando para apresentar o chumbo ao pai. É claro que os indicadores vão todos para o vermelho, e a UE lá está para exigir mais medidas e , se calhar, mais troika.
Gostaria de antecipar as desculpas que a esquerdalha irá descobrir para justificar mais este desaire socialista, agora ajudado (?) pela esquerda fundamentalista.
Será o Brexit, será a UE, será ainda o PPC, mas nunca a incompetência de Costa e de Centeno !
O Costa afirma que tudo corre ás mil maravilhas e até perde tempo a divertir-se a atacar a oposição, o Centeno já admite tempestade no horizonte, isto começa a relembrar tempos não muito antigos que alguns fingem nem tão pouco ter acontecido, vamos ver se as vacas voadoras conseguirão comer da farinha do mesmo saco até ao fim.
Olha a novidade, eu gosto de novidades, não de coisas que uma grande parte das pessoas já sabia, volto a escrever, não há heróis nem milagres, se confiscassem os muitos milhões que os políticos arrecadaram, destruíram e afins?, ainda acreditava, agora dar tudo e mais alguma coisa ao sector publico para o esmifrado privado pagar sem ir buscar nada, é loucura, mas foi morte anunciada, portanto siga para bingo, só referir um ponto, não se diz pobre país, sim pobre justiça.