O Lago Maracaibo, na Venezuela, foi recentemente destacado numa imagem captada por um dos satélites missão Copernicus Sentinel-2. A fotografia revela cores vibrantes que, apesar da sua beleza, são indicativas de contaminação. O cenário representa uma forte ameaça à saúde e ao meio ambiente.
Do norte – onde um estreito canal o liga ao Golfo da Venezuela – até ao sul, fica um dos lagos mais antigos do planeta, que se formou há, aproximadamente, 36 milhões de anos: o Lago de Maracaibo.
Muitas vezes descrita como “maravilhosa”, a imagem satélite deste reservatório de água é, na verdade, preocupante.
A origem das cores – à primeira vista – fascinantes, têm uma “origem suja”, como descreve a New Scientist.
A região norte do lago, alimentada por águas salgadas do Mar das Caraíbas, contrasta com as águas doces do sul, trazidas pelos rios, que trazem um rasto amarelo-acastanhado de sedimentos transportados pelo rio Catatumbo.
A oeste do estreito fica Maracaibo, a segunda maior cidade da Venezuela – conhecida como a capital do petróleo do país. Um pouco abaixo, a este, situa-se a cidade de Cabimas – outra área importante de produção petrolífera.
A contaminação oriunda destas áreas, sob a forma de fugas de petróleo e escoamento de esgotos, dá ao lago um aspeto que pode provocar contradição de sensações: tanto positivas, pela beleza aparente; como negativas, pelos motivos de tal “beleza aparente”.
As florações tóxicas de algas azuis-esverdeadas representam um risco sério para todo o ecossistema circundante e para as pessoas que vivem perto do lago.