Investigação portuguesa vai desenvolver novo tratamento para o AVC isquémico a partir de células estaminais .
O acidente vascular cerebral (AVC) isquémico ocorre quando o fluxo de sangue no cérebro é reduzido ou interrompido, afetando as células cerebrais, que deixam de funcionar normalmente por causa da falta de oxigénio e de nutrientes.
O projeto REPAIR – Reparar e Recuperar no AVC isquémico está a desenvolver um novo tratamento para esse problema.
A investigação é portuguesa, sendo conduzida pela Universidade de Coimbra, pela Universidade da Beira Interior e pela empresa Stemlab.
O projeto vai receber 150 mil euros para o desenvolvimento de uma nova terapêutica para AVC isquémicos a partir de células estaminais.
Envolve novas estratégias de terapia celular e vai estar em curso durante três anos, lê-se em comunicado enviado ao ZAP.
Segundo o investigador Bruno Manadas, vai “unir esforços entre a academia e a indústria para a utilização de terapia celular e a sua modelação por exposição a atmosfera de hipóxia, isto é níveis de oxigénio mais baixos do que os normalmente aplicados em condições laboratoriais”.
O tratamento passa pela administração de células estaminais mesenquimais do cordão umbilical, ou o seu secretoma, na fase pós-aguda do AVC isquémico (fase a seguir ao período crítico, quando deve ser implementado o tratamento).
Poderá ser decisivo para a “modulação parácrina dos processos inflamatórios e neuroproteção, elementos cruciais para a redução das perdas de capacidades e aceleração do processo de recuperação funcional”.