Uma equipa de arqueólogos encontrou cavernas secretas e um campo de batalha associado a Casimiro, o Grande, o rei responsável pelo assentamento da comunidade judaica na Polónia.
O nome de Casimiro, o Grande, pode não dizer grande coisa aos mais leigos, mas é uma das figuras mais importantes da história polaca e desempenhou um papel crucial na Europa Oriental da era medieval. Agora, uma equipa de investigadores encontrou cavernas escondidas e um campo de batalha associado ao rei do século XIV.
Casimiro, o Grande foi responsável por reerguer o reino polaco e formar um exército que era um dos mais temidos em todo o Velho Continente. Foi Casimiro que formou as bases da futura comunidade polaca-lituana, que era a potência dominante da Europa Oriental no período medieval tardio.
Este rei foi também responsável pela criação da comunidade judaica na Polónia, já que encorajou os judeus a assentarem-se no seu território, concedendo-lhes liberdade religiosa.
Estas descobertas recentes vêm oferecer uma nova perspetiva do reinado de Casimiro III da Polónia. De acordo com o portal Ancient-Origins, as misteriosas cavernas foram encontradas debaixo das ruínas de um castelo. Já o campo de batalha encontrado foi o palco de uma das suas campanhas.
As cavernas estavam debaixo do Castelo de Olsztyn, que chegou a ser administrado pelo famoso astrónomo polaco Copérnico. Segundo o Heritage Daily, uma das cavernas “serviu como despensa renascentista e abrigo para os neandertais” no passado.
“Deparámo-nos com uma fissura, que acabou por ser outra grande caverna. No atual estágio de exploração, ainda não conseguimos estimar o tamanho e a idade de todos os sedimentos”, salientou o líder da equipa de investigação, Mikołaj Urbanowski.
O arqueólogo realça que pode haver uma rede de cavernas interligadas por debaixo do castelo, que podem estar relacionadas com a construção da infraestrutura.
Quanto ao campo de batalha, em Biała Góra, nas montanhas Słonne, foram identificadas ruínas de um assentamento fortificado, onde foram encontradas mais de 200 flechas.
Em declarações ao The First News, Piotr Kotowicz, um dos arqueólogos envolvidos na investigação, diz que as descobertas são “um testemunho de disputas entre rutenos e polacos”.