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Catalães devem seguir a via eslovena e estar “dispostos a tudo” para alcançar independência

Andreu Dalmau / EPA

Quim Torra, o novo presidente do governo regional da Catalunha

Quim Torra disse este sábado que os catalães devem seguir o exemplo do processo de independência da Eslovénia e estar “dispostos a tudo”.

O presidente do governo regional da Catalunha, Quim Torra, disse este sábado que os catalães deviam seguir a via eslovena. A Eslovénia conseguiu separar-se da Jugoslávia, em 1991, após uma guerra que ao longo de dez dias matou 62 pessoas e fez mais de 300 feridos.

Na apresentação do Conselho pela República, Torra fez esta declaração inflamada que culminou, segundo o Observador, num apelo à luta pela independência em que os catalães devem estar “dispostos a tudo” para alcançar este objetivo.

“Nós, catalães, perdemos o medo. Não nos causam medo. Não há marcha-atrás no caminho rumo à liberdade. Os eslovenos decidiram seguir em frente, com todas as consequências. Façamos como eles e estejamos dispostos a tudo para viver livres.”

As palavras de Torra, proferidas em Bruxelas, estão, porém, a gerar um coro de críticas e condenação por parte de líderes políticos de vários quadrantes.

José Luis Ábalos, secretário para a Organização do PSOE, disse que Torra era “um irresponsável” por ter sugerido aos catalães que seguissem a via eslovena rumo à independência, lamento que responsáveis daquela região autónoma lançassem “apelos à insurreição” na linha da história da Eslovénia. “É triste” convidar a população a seguir por um “caminho de sofrimento”.

Ada Colau, presidente da Câmara de Barcelona, defendeu que Quim Torra devia retificar “imediatamente” as suas palavras por serem de “uma grave irresponsabilidade“e uma forma de “lançar uma cortina de fumo e tapar os problemas do Governo” na região autónoma.

Inés Arrimadas, líder do Ciudadanos na Catalunha, apelidou Torra de “perigo público”, por defender publicamente a “violência” dos cidadãos.

ZAP //

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