Uma missão arqueológica levada a capo por especialistas egípcios e japoneses descobriu uma catacumba milenar com múmias e estátuas na província de Gizé, no Egito, anunciou o Ministério das Antiguidades do Egito.
Em comunicado, citado pelo jornal Egypt Independent, o organismo do Governo egípcio dá conta que a catacumba deverá datar do primeiro e segundo séculos da era romana.
A catacumba foi encontrada numa área não escavada a norte de Saqqara, que foi, no passado, a principal necrópole da cidade de Mênfis, no antigo Egito.
Trata-se de um edifício construído com barro e tijolos, com uma escada interna e uma câmara esculpida em calcário que contém uma placa gravada com figuras que representam os deuses Sokar, Thoth e Anubis. A mesma “parede” tem algumas inscrições gregas.
O lugar de enterro “guardava” cinco estátuas de terracota de Ísis-Afrodite – uma deusa nascida da simbiose de Ísis e Afrodite -, juntamente com outros objetos de barro encontrados junto à porta da frente da construção. Havia também no local duas estátuas de calcário em forma de leão, com aproximadamente 55 centímetros de altura.
O diretor da escavação arqueológica, Mohamed Yousef, destacou ainda a existência de um espaço esculpido em pedra, da parte de fora da porta de entrada, que consiste num corredor de 15 metros de comprimento e dois de largura, com algumas salas pequenas.
No interior desta construção havia uma estátua de Ísis-Afrodite e várias múmias.
Nos últimos meses, o Egito tem anunciado uma série de descobertas da Antiguidade, na esperança de animar a indústria turística do país, fonte primária de rendimento nacional. O setor foi muito afetado na última década pela instabilidade que se seguiu à turbulência popular de 2011, que derrubou o então ditador de longa data Hosni Mubarak.