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Castelo sueco era só um mito urbano para os historiadores (mas foi finalmente encontrado)

O Castelo de Sörby estava perdido há mais de três séculos. Até agora, era apenas um mito urbano entre historiadores e arqueólogos. Agora, o castelo foi finalmente redescoberto por investigadores.

O arqueólogo Jan-Henrik Fallgren redescobriu o castelo — que era o maior do país — depois de encontrar uma referência numa dissertação de 1704, explica o portal Ancient-Origins. Fallgren começou a sua ‘caça ao tesouro’ seguindo pistas encontradas nesse documento.

Primeiro, o investigador foi até a um lago seco em Skedemosse, onde um promontório se projeta do pântano conhecido como Kvinnö. Lá, o arqueólogo encontrou o mítico castelo depois de ter sido considerado perdido por mais de 300 anos.

Skedemosse era um dos locais de sacrifício antigos mais importantes do sul da Suécia. Quase uma tonelada de ossos humanos e de animais foi recuperada no local, juntamente com grandes quantidades de armas e ouro.

Uma das descobertas mais famosas neste local é conhecida como “ouro de Skedemosse”: sete colares de ouro puro a pesarem cerca de 1,3 quilos cada.

A parte ocidental da antiga fortaleza foi encontrada cercada em três lados por uma parede defensiva de pedra, que outrora protegia as muralhas do castelo. As muralhas já lá não estão erguidas, com os investigadores a acreditarem que foram reutilizadas para construir a Igreja Luterana Bredsättra, que se situa lá perto.

Antigamente, quando Skedemosse ainda era um lago, o castelo era cercado por água em três lados. Isto não é fruto do acaso, já que significava que a fortaleza só precisava de ser defendida num dos lados.

O antigo castelo não era ocupado a tempo inteiro. Os agricultores reuniam-se ali algumas vezes por ano “para festas durante tempos de agitação”, onde faziam sacrifícios para dar sorte às suas colheitas.

Inicialmente, as alegações de que Fallgren poderia ter descoberto o Castelo de Sörby foram recebidas com ceticismo pela comunidade científica escandinava. Agora, o seu achado foi confirmado e as dúvidas dissipadas.

O investigador disse que é “especial e emocionante” perceber que este antigo castelo foi construído num lago sagrado de uma ilha sagrada.

Daniel Costa, ZAP //

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