O castelo nasceu durante a existência da Bretanha, um estado feudal medieval independente que nasceu após a saída dos vikings da região.
Arqueólogos em França desenterraram os restos de um castelo medieval do século XIV, completo com um fosso, sob o pátio do histórico Hotel Lagorce, revelando um tesouro de artefactos que outrora ali residia.
Esta descoberta significativa foi feita pelo Instituto Nacional Francês de Pesquisa Arqueológica Preventiva (INRAP) na primavera de 2023, durante escavações no hotel localizado em Vannes, uma vila na costa oeste da região da Bretanha.
O próprio hotel, construído no século XVIII, está erguido sobre as ruínas do medieval Château de l’Hermine, originalmente construído como uma fortaleza e residência para João IV, Duque da Bretanha, em 1381.
A Bretanha, do século X ao XVI, era um estado feudal medieval que emergiu após a expulsão dos Vikings da região. Funcionava muito como um país independente, governado por uma sucessão de duques hereditários. João IV, ascendendo ao poder em 1365, embarcou na construção de numerosas fortalezas-casa por toda a Bretanha, estabelecendo o Château de l’Hermine como sede ducal.
No entanto, a importância do castelo diminuiu após um século, quando a capital ducal foi transferida de Vannes pelo neto de João IV, Francisco II, levando ao declínio do castelo e à sua eventual reutilização ao longo dos séculos.
Os recentes esforços arqueológicos, visando transformar o local histórico na nova localização para o Museu de Belas Artes, finalmente revelaram o layout original do castelo, anteriormente desconhecido.
Entre as descobertas estavam o piso térreo da residência do duque, restos de uma torre e partes de um fosso externo, destacando as dimensões substanciais do castelo e o design sofisticado que misturava características defensivas e residenciais, aponta o Live Science.
A descoberta de sanitas e sistemas de drenagem sugere que a estrutura se estendia por vários andares, com a escavação a descobrir moedas, utensílios de cozinha, tigelas de madeira e partes de barris dos séculos XV e XVI.
Além disso, as escavações do fosso trouxeram à luz uma variedade de itens pessoais e domésticos, incluindo joias, alfinetes, fivelas, pratos de metal, chaves e cadeados, indicando a riqueza e o poder do Duque João IV.
Os achados também apontaram para a presença de uma ponte de madeira que outrora fornecia acesso ao castelo fortificado, sublinhando a engenharia avançada na sua construção.
Segundo o INRAP, “A construção do edifício ocorreu numa única fase, o que demonstra a importância dos recursos financeiros e humanos utilizados”, destacando a habilidade do Duque João IV em mobilizar os melhores talentos da sua era.