Um toureiro espanhol publicou nas redes sociais uma fotografia onde aparece com a filha de apenas cinco meses ao colo, a tourear uma vaca. O caso está a gerar polémica e a Comissão de Protecção de Menores da Andaluzia admite abrir um inquérito.
Francisco Rivera Ordónez, toureiro conhecido como Paquirri, quis partilhar com o mundo aquela que é uma tradição familiar, estreando a filha de apenas cinco meses nas artes do toureio.
“Estreia de Carmen, é a 5ª geração que toureia na nossa família. O meu avô toureou assim com a minha mãe. O meu pai toureou assim comigo e eu fi-lo com as minhas filhas Cayetana e agora com Carmen“, escreve Francisco Rivera Ordónez no seu perfil do Instagram.
A mensagem publicada a par da polémica imagem termina com a hashtag #orgulhodesangue.
Nos próprios comentários à foto no Instagram, há quem fale em “vergonha” e em “maltrato de menor” – a polémica está instalada nas redes sociais e na sociedade espanhola.
O responsável pela Comissão de Protecção de Menores da Andaluzia já anunciou que está a analisar o caso.
Como contraponto a tantas críticas que o toureiro tem recebido, surgiu entretanto uma vaga de apoiantes que não hesita em publicar também as suas fotos com os filhos ao colo, em plena praça de touros.
¡Qué sabrán los antis de arraigo cultural y de valores! A mi me encanta ver estas fotos… #SiALosNinosEnLosToros pic.twitter.com/wGHJxEcUvH
— Paula Zorita (@Paula_Zorita) 26 janeiro 2016
A comprovar como o assunto é fracturante num país com uma grande tradição tauromáquica, o ministro da Saúde, Serviços Sociais e Igualdade de Espanha, Alfonso Alonso, rejeita consequências deste gesto, mas condena-o, frisando que o toureiro expôs a filha a um “risco desnecessário”.
Em declarações divulgadas pelo jornal El Mundo, o ministro pede a Francisco Rivera Ordónez que “faça uma reflexão”, considerando que “não é adequado, em nenhuma circunstância, pôr em risco os menores”.
O ministro não deixa porém, de evidenciar que o toureiro tem “perícia e conhecimento” suficientes, pelo que a bebé não sofreu “riscos maiores”.
É precisamente com essa experiência que Francisco Rivera Ordónez se defende, pegando ainda no argumento da tradição familiar.
“Pensar que pus a minha filha em perigo é uma barbaridade. Mais segura que nos meus braços, não vai estar nunca“, escreve o toureiro no seu perfil do Twitter.
SV, ZAP
Independentemente da decisão do toureiro em relação à filha – acho que, tecnicamente, face ao facto de se tratar de uma bezera o animal que estava a ser toureada e à longa experiência do pai, a criança não correu nenhum perigo – é lamentável que na notícia se diga que o toureiro é conhecido como “Paquirri”, que era na verdade o ápodo do pai, Francisco Rivera “Paquirri”, genro de António Ordoñez, e morto por um toiro em Pozoblanco. Respeitem ao menos a memória do avô da criança.
A estupidez em pessoa
K espécie será esta?! Só c um braço domina a “besta” e c o outro verga o conceito d paternidade! N será a minha certamente
Orgulho??? Este indivíduo e os seus apoiantes sofrem de um problema grave a que os americanos chamam de “shit brain”, em português, cérebro de m…. Este é um problema mesmo muito grave que infelizmente está a tornar-se viral em todo o mundo.
Mesmo tratando-se de uma bezerra o acto em si é uma pura estupidez e falta de responsabilidade e já agora touros de morte estou contra.