A startup Azure Printed Homes utiliza plástico reciclado para construir casas com cerca de 18 metros quadrados, que custam 40 mil dólares.
Estas casas são vistas como uma forma de acrescentar rapidamente novos espaços de aluguer em cidades com falta de habitações, mas sem custos tão grandes.
Em Los Angeles, onde o governo da cidade tem tentado incentivar os proprietários a construir mais ADU — unidades de habitação acessórias — o preço médio de construção de uma nova casa começa em 150 mil dólares, até cerca de 350 mil, sem incluir planos de construção, obras de engenharia e outras despesas.
Uma startup chamada Azure Printed Homes está a adotar uma abordagem diferente: ao imprimir em 3D o telhado, o chão e as paredes com plástico reciclado, e construir o resto da casa dentro de uma fábrica, mantém os custos mais baixos.
Um simples apartamento de estúdio no quintal, com uma cozinha pequena e uma casa de banho custa 39.900 dólares. A fundação, entrega e outros custos acrescentam cerca de 25% a 30% ao total, mas mas continua a ser bem mais barato do que a maioria das alternativas, avança a Fast Company.
Na sua fábrica em Culver City, perto do Aeroporto de LAX, a empresa prepara-se para imprimir as primeiras casas. A impressora 3D pode imprimir as bases da casa — o chão, o telhado e duas paredes — num único dia.
Nas paredes, a impressora inclui canalização e cablagem. As outras duas paredes não são impressas em 3D, mas sim em painéis pré-elaborados com portas e janelas.
“O primeiro dia é a própria impressora que cria essa base de módulo”, explica Ross Maguire, co-fundador da Azure Printed Homes.
“No segundo dia, já fazemos a cablagem e a canalização dentro daquela base”, acrescenta. A impressora espreme linhas de plástico, como se fosse pasta de dentes a sair de um tubo, para formar a estrutura.
Outras empresas, incluindo a New Story, sem fins lucrativos, e a startup Icon, foram pioneiras em casas impressas em 3D com betão.
A Azure quis utilizar um material leve para que as casas pudessem ser construídas na sua fábrica e depois entregues no local. Tanto a impressão em 3D como a construção de pré-fabricados numa fábrica podem acelerar o tempo de construção e reduzir a mão-de-obra, acabando por reduzir os custos.
A empresa também queria fazer uso de um material de desperdício e “reutilizar um produto que está a causar uma espécie de dor de cabeça a nível global”, diz Maguire.
Uma ADU de cerca de 18 metros quadrados pode utilizar o equivalente a 100 mil garrafas de água recicladas. A empresa está a trabalhar com vários fornecedores, e diz que não há falta, pelo menos por enquanto, de plástico reciclado para utilizar.
Num dos seus primeiros projetos, a empresa está a trabalhar com um promotor para construir um pequeno grupo de casas de campo que possam ser utilizadas para alugueres a curto prazo, e estará a trabalhar através de uma lista de espera.
No entanto, está também em conversações com grupos que querem construir pequenas casas para pessoas sem abrigo. A empresa pode construir casas maiores, e módulos menores podem ser empilhados para construir casas multi-familiares.
“Está restringido pelo que se pode enviar, mas obviamente não há fim a quantos módulos se podem ligar para criar diferentes designs“, conclui Maguire.
Pés quadrados??!
A unidade do SI é o metro!!
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