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Casal detido por vender informações sobre submarinos nucleares

Adam K. Thomas, U.S. Navy / Wikimedia

Submarino Seawolf-class USS Connecticut (SSN 22)

Um engenheiro nuclear da Marinha dos EUA e a mulher estão a ser acusados de vender informação secreta sobre submarinos nucleares a um agente infiltrado do FBI que se fez passar por um agente de um país estrangeiro.

De acordo com o Departamento de Justiça norte-americano, um casal terá vendido informação secreta sobre submarinos nucleares “a uma pessoa que acreditavam ser um representante de uma potência estrangeira” – mas, afinal, a informação estava a ser passada a um agente do FBI infiltrado.

Jonathan e Diana Toebbe foram detidos este sábado, no estado da Virgínia Ocidental, e acusados de violar a Lei da Energia Atómica, anunciou o Departamento de Justiça, em comunicado.

Segundo a acusação, Jonathan Toebbe, de 42 anos, que é um engenheiro nuclear da Marinha com autorização de segurança ultra-secreta, enviou dados restritos a um país não identificado em 2020 e, mais tarde, começou a vender segredos por dezenas de milhares de dólares em moeda criptográfica a um agente infiltrado do FBI, que se fazia passar por um funcionário estrangeiro.

Uma das acusações está relacionada com uma situação em que Toebbe terá escondido um cartão de memória digital com documentos sobre reatores nucleares submarinos em meia sandes de manteiga de amendoim, que terá entregue num dead drop, enquanto a sua esposa ficava de vigia, escreve a Reuters.

No cartão de memória, o casal “vendeu informações conhecidas como dados restritos sobre o design” de submarinos nucleares – elementos “militarmente sensíveis, parâmetros de funcionamento e características de desempenho de reatores submarinos”.

Toebbe recebeu pagamentos separados em moeda criptográfica num total de 100 mil dólares, alega o Departamento de Justiça.

As autoridades anunciaram que Jonathan e Diana Toebbe foram detidos por agentes do FBI e dos Serviços Navais de Investigação Criminal (NCIS, na sigla em inglês), após terem colocado mais um cartão de memória num local de entrega na Virgínia Ocidental.

Agora, são acusados de conspiração e de “comunicação de dados restritos” e deverão ser presente a um juiz num tribunal federal da Virgínia Ocidental na terça-feira, 12 de outubro.

ZAP //

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