Preços descem nos EUA. Na Europa, casa e comida vão ficar ainda mais caras

Inflação nos EUA desceu 1,4% nos últimos meses. Mas do outro lado do Atlântico, incluindo Portugal, os sinais não apontam para descidas imediatas.

A população dos Estados Unidos da América já tem “respirado” um pouco melhor, quando vão às compras.

A guerra na Ucrânia começou, a inflação foi subindo (ainda mais) e chegou aos 9,1% em Junho. No entanto, a partir daí desceu sempre e fixou-se em 7,7% no mês passado – o número mais baixo em 2022.

Outubro registou mesmo uma descida generalizada dos preços, em diversos contextos.

Há menos atrasos nas entregas e na disponibilidade de bens, aumentou a sensibilidade à mudança de preços… Os indicadores apontam para uma estabilidade nos EUA.

E a Reserva Federal deverá acalmar em breve a subida das taxas de juro, se nada se alterar.

Isto acontece nos EUA. Mas na Europa o cenário é diferente.

Lembra o Público que, na zona Euro (Portugal incluído), o poder de compra tem descido para milhões de pessoas e os salários não acompanham o ritmo da inflação. As taxas Euribor continuam em máximos históricos.

A inflação deverá atingir o seu pico ainda neste ano. Refira-se que esta escalada de preços começou mais tarde na Europa, comparando com os EUA – por isso também deve suavizar mais tarde.

O pior indicador é que…não há indicadores para esta tendência se alterar. Os sinais recentes não mostram uma descida de preços a curto prazo: a guerra na Ucrânia continua, as questões político-económicas mantêm-se, a energia continua cara.

E os próximos meses poderão ser marcados por uma subida de preços ainda mais considerável nos serviços e nos alimentos.

Em relação ao crédito à habitação, o especialista Frederik Ducrozet avisou que a inflação nos próximos meses deverá ser sinónimo de taxas de juro “agressivas” no início de 2023.

As taxas de juro em Portugal deverão continuar a subir, constantemente, até ao Março de 2023. Depois, talvez, estabilizem ou desçam.