Casa Branca nega genocídio em Gaza e diz que Putin está desesperado

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U.S. Government

O presidente dos EUA, Joe Biden, ao telefone com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu (fevereiro de 2024)

Desde o início do mais recente conflito no Médio Oriente, já morreram mais de 35 mil pessoas; a Casa Branca recusa falar em genocídio. Quanto à guerra na Ucrânia, os EUA dizem que Putin está a ficar desesperado.

Os Estados Unidos consideram que Israel não está a cometer um genocídio na Faixa de Gaza. Ainda assim, como disse esta segunda-feira o conselheiro da Casa Branca, Jake Sullivan, apelam a Telavive para “fazer mais para garantir a proteção dos civis palestinianos”.

“Acreditamos que Israel pode e deve fazer mais para garantir a proteção de civis inocentes. Não acreditamos que o que está a acontecer em Gaza seja um genocídio”, declarou em conferência de imprensa o conselheiro de segurança nacional.

Jake Sullivan disse que o Presidente norte-americano Joe Biden está a trabalhar para uma situação regional após o conflito na Faixa de Gaza que “garanta a segurança de Israel e ao mesmo tempo abra caminho para um futuro de dignidade e segurança para o povo palestiniano, em vez de ver Israel atolado numa campanha de contraguerrilha sem fim”.

O conselheiro reiterou que a administração dos Estados Unidos acredita que “seria um erro lançar uma grande operação militar no coração de Rafah”, no sul da Faixa de Gaza, que “colocaria em perigo um enorme número de civis sem um ganho estratégico claro”.

O compromisso de Joe Biden com Israel, insistiu, é “betão armado”, mas “isso não significa que nunca haja desacordo” com o Governo israelita.

A barreira das 35 mil mortes na Faixa de Gaza foi ultrapassada. Segundo dados do Ministério da Saúde controlado pelo grupo islamita Hamas, a maioria dos habitantes que morreram, desde o início do conflito (a 7 de outubro), eram civis.

Israel e Hamas não conseguem alcançar um acordo para uma trégua, enquanto as forças de Telavive atacam Rafah, onde se encontram centenas de milhares de deslocados do território palestiniano, isolado e mergulhado numa grave crise humanitária.

Putin está desesperado?

Quanto à guerra no leste europeu, o Departamento de Estado norte-americano disse, também nesta segunda-feira, que a substituição de Sergei Shoigu – que era ministro da Defesa russo há 12 anos – demonstra que o Presidente Vladimir Putin está “desesperado” face ao custo da guerra na Ucrânia.

“Trata-se de uma nova indicação da vontade desesperada de Putin em prosseguir a sua guerra de agressão contra a Ucrânia, apesar de representar um importante peso para a economia russa e implicar pesadas perdas para as tropas russas”, declarou o porta-voz Vedant Patel aos ‘media’.

“A Rússia desencadeou esta guerra não provocada contra a Ucrânia. Putin pode pôr-lhe termo a qualquer momento ao retirar as suas forças da Ucrânia”, prosseguiu o porta-voz.

No âmbito de uma remodelação governamental, o Presidente russo Vladimir Putin substituiu no passado domingo o ministro da Defesa Sergei Shoigu, há 12 anos no cargo, por Andrey Belousov, um economista que ocupava no Governo russo funções com acentuado perfil económico.

Shoigu vai ocupar o cargo de secretário do Conselho de Segurança, até ao momento ocupado por Nikolai Patrushev, demitido das suas funções segundo um decreto publicado pelo Kremlin.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. Que papelão o defunto da casa branca está fazendo. No final do ano irá chorar quando o boneco laranja ganhar novamente as eleições. Os outros papagaios de pirata que rezam pela mesma cartilha entrarão em desespero quando o boneco laranja se aliar ao putinho e colocar o planeta a ferver!!!

  2. Bombardear escolas, universidades, hospitais, armazéns de mantimentos, casas, campos de abrigo, zonas marcadas como seguras; bloquear acessos, destruir veículos e mercadorias de ajuda… se isto não é genocídio, então o que é que será? Ai se fosse a Rússia…

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