Cartão escolar vai substituir passe para alunos do primeiro ciclo de Lisboa

Em Lisboa, as crianças do primeiro ciclo vão poder usar o cartão escolar para andar gratuitamente na Carris e no Metro. A medida deve entrar em vigor no próximo ano letivo, em setembro.

Os alunos do primeiro ciclo de Lisboa vão poder usar o cartão da escola, em vez do passe, para andar nos transportes públicos da cidade, a partir do próximo ano letivo.

Irá avançar um projeto-piloto, a partir da Páscoa, em dois agrupamentos da cidade que ainda não estão escolhidos. No entanto, a Câmara pretende que, em setembro, “seja universal nas escolas básicas a existência de um cartão escolar que permite não só identificar o aluno na escola, mas aceder aos transportes públicos de Lisboa”.

Em declarações à agência Lusa, Ricardo Robles, vereador da Educação e dos Direitos Sociais, adianta que em setembro de 2019 “queremos alargar aos ciclos seguintes“.

Atualmente, os passes para a rodoviárias Carris e Metropolitano já são gratuitos para crianças até 12 anos, mediante pagamento de sete euros, mas Ricardo Robles admite que o cartão possa chegar a alunos mais velhos.

“Ainda não estabelecemos até onde será, mas o objetivo é ser uma coisa progressiva. É um faseamento no tempo que ainda não temos definido, e portanto vamos articular também com o vereador da mobilidade”, acrescentou. Uma vez na posse dos cartões, os cerca de 15 mil alunos do primeiro ciclo de Lisboa poderão usar este sistema na Carris e no metro.

Esta medida faz com que os pais deixem de ter de pedir o passe para as crianças, pelo que os mais novos, “desde que estejam na escola, passam a ter o cartão” para os transportes públicos automaticamente.

“Esta é uma ideia que parece muito simples, e é simples, mas que cria um instrumento importante para as escolas”, refere o autarca, adiantando que este mecanismo irá criar uma dinâmica diferente de atividades fora da escola, facilitando a mobilidade.

Esta medida insere-se numa política de tentar atenuar o impacto dos movimentos pendulares para as escolas, cujo pico se observa ao início da manhã e ao fim da tarde, em zonas específicas da cidade.

Além disso, este cartão permitirá o acesso gratuito aos equipamentos da EGEAC, como museus ou teatros, uma medida que o vereador da Educação espera que “potencie muito as atividades nas escolas”.

Questionado sobre o investimento necessário para aplicar a medida, o bloquista apontou que “está a ser calculado pelo vereador da Mobilidade, mas para já é só a execução física do próprio cartão, e portanto o valor de investimento é muito reduzido”.

ZAP // Lusa

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