Carros de luxo de 20 milhões nas mãos da Justiça que fez “espera” ao co-fundador da Altice

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Mário Cruz / Lusa

Armando Pereira, fundador da Altice

As buscas à casa de Armando Pereira, co-fundador da Altice que se encontra detido, foram programadas para o momento em que ele chegou para passar férias na sua mansão em Braga. As autoridades apreenderam-lhe carros de luxo no valor de 20 milhões de euros.

Armando Pereira está detido na prisão do Comando Metropolitano de Lisboa. Devido à greve dos funcionários judiciais, teve que passar duas noites na cadeia, devendo ser ouvido pelo juiz de instrução Carlos Alexandre neste sábado.

Entre as medidas de coação que lhe podem ser aplicadas estão a apreensão do passaporte, uma caução milionária ou a prisão preventiva. Mas Armando Pereira só as deve conhecer na segunda-feira, ou na terça-feira, como disse o seu advogado aos jornalistas. Assim, vai ficar detido até lá.

Entretanto, a justiça apreendeu vários carros de luxo ao milionário que é o homem mais rico de Portugal. O Correio da Manhã (CM) salienta que essas viaturas estão avaliadas em 20 milhões de euros, notando que se incluem entre elas um Aston Martin e um Bugatti Centodiec de 8 milhões de euros, um modelo que, em Portugal, só é detido por três pessoas, incluindo Cristiano Ronaldo.

Armando Pereira responde por suspeitas de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal num processo em que o fisco português terá sido lesado em mais de 100 milhões de euros, de acordo com um comunicado do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).

O DCIAP refere que foram apreendidos “documentos relevantes” que “indiciam a viciação do processo decisório do Grupo Altice, em sede de contratação, com práticas lesivas das próprias empresas daquele grupo e da concorrência”, bem como do Estado português.

“Os factos indiciam práticas de deslocalização fictícia da domiciliação fiscal de pessoas e de sociedades, com aproveitamento abusivo da taxação reduzida aplicada em sede de IRC na Zona Franca da Madeira“, aponta ainda o DCIAP.

Além de Armando Pereira, foi detida também uma das filhas do empresário Hernâni Vaz Antunes, sócio e braço-direito de Armando Pereira que está em parte incerta. Foi ainda detido o economista Álvaro Gil Loureiro.

Grupo Altice deu início a investigação interna

Em reacção à investigação do Ministério Público, o Grupo Altice anunciou que “já deu início” a uma investigação interna relacionada com os processos de compras, de aquisição e venda de imóveis da subsidiária portuguesa, bem como de todo o grupo.

A Altice Portugal já tinha confirmado que foi uma das empresas alvo de buscas pelas autoridades portuguesas em cumprimento de um mandado, emitido pelo Ministério Público, no âmbito de uma investigação em curso dirigida a indivíduos e entidades externas ao grupo Altice.

ZAP // Lusa

1 Comment

  1. Carros de vinte milhões vão dar muito jeito ao estado Português, não devem faltar outros Cabritas á espera destes veículos, para circular nas autoestradas a velocidades elevadas, sem matar os trabalhadores

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