Um novo capacete, chamado Lily, está a entrar em ensaios clínicos na Europa, oferecendo esperança aos pacientes de cancro que fazem quimioterapia e que, consequentemente, sofrem queda de cabelo.
A queda de cabelo é um efeito secundário comum da quimioterapia, afetando cerca de 65% dos doentes e, em alguns tipos de cancro, quase 100%.
O impacto emocional da perda de cabelo é significativo para muitos pacientes oncológicos.
Não só tem impacto na sua aparência, como também pode afetar a sua confiança e saúde mental. Há até casos de doentes que abandonam completamente os tratamentos contra o cancro devido à perda de cabelo.
“Ficámos espantados com a forma como a queda de cabelo dominava a conversa”, disse Aaron Hannon, CEO da Luminate, a empresa que desenvolveu a Lily, depois de falar com médicos e doentes sobre as inovações no tratamento do cancro. “A partir daí, concentrámo-nos a fundo em fazer com que isso deixasse de existir”.
Lily é um capacete portátil concebido para ajudar os doentes a manter o cabelo durante a quimioterapia. Ao contrário das toucas tradicionais, que podem ser desconfortáveis e demoradas, o Lily aplica uma pressão uniforme no couro cabeludo para impedir que os medicamentos de quimioterapia cheguem aos folículos capilares.
“Estamos muito entusiasmados com a eficácia desta terapia porque funciona com muitos tipos de cabelo”, salientou Hannon, citada pela revista VICE.
“Já tivemos doentes que terminaram quatro a 12 tratamentos de quimioterapia e mantiveram a cabeça cheia de cabelo. A reação tem sido incrível e mudou realmente a forma como os doentes vivem o tratamento”, acrescentou ainda a cientista.
Estão atualmente a decorrer ensaios clínicos na Europa e a equipa planeia expandir os testes para os Estados Unidos num futuro próximo. Por enquanto, durante esta fase, o Lily ainda não está disponível para o público.