A polícia francesa lançou este sábado gás lacrimogéneo e um camião de água para travar os “coletes amarelos”, que não respeitaram zonas interditas.
A situação entre a polícia e os manifestantes intensificou-se esta manhã nos Campos Elísios, com centenas de “coletes amarelos” a descerem a famosa avenida da capital, apesar de o movimento ter sido proibido de aí se manifestar.
Os confrontos começaram a surgir quando alguns membros do movimento tentaram fugir pelas laterais das barricadas policiais. O objetivo dos manifestantes é chegar ao Palácio do Eliseu, residência oficial do presidente Emmanuel Macron, mas todas as entradas possíveis estão barricadas com redes e polícias de choque.
De modo a dispersar os “coletes amarelos”, a polícia atirou várias granadas de gás lacrimogéneo fazendo com que o ar à volta da residência oficial do Presidente se tornasse, durante minutos, irrespirável.
Os manifestantes estavam pelas 11h00 dispersos em várias ruas que dão acesso ao Palácio do Eliseu, sem sinais de abrandar com a sua demanda “Macron demissão” e cantando o hino nacional. Grande parte dos manifestante trouxeram máscaras antigás lacrimogéneo.
O Ministério do Interior tentou canalizar os manifestantes para o Champ de Mars, perto da Torre Eiffel, mas o movimento não acatou as ordens.
“Sabíamos que os Campos Elísios estavam interditos, mas eles também votam leis sem nos pedir autorização. Porque é que havíamos de aceitar o que eles nos dizem? Já parámos as estradas fora de Paris, agora vamos bloquear o Estado”, disse Bárbara, uma manifestante vinda de Ruão, em declarações à Lusa nos Campos Elísios.
Várias manifestações de “coletes amarelos”, que pretendem perpetuar o movimento contra o aumento das taxas de combustível, começaram no sábado passado um pouco por toda a França. Os protestos já fizeram centenas de feridos e um morto, uma mulher que morreu atropelada quando ia levar a filha ao médico.
ZAP // Lusa
Pois, nós por cá temos todas as razões para protestar também.
Os impostos sobre os combustíveis são altíssimos e totalmente injustificados.
Incidem sobre praticamente toda a população, dieta ou indirectamente, e não têm em consideração o rendimento e as possibilidades das pessoas. É um dos impostos mais injusto, porque paga tanto o rico como o pobre, quem pode e quem não pode, e a esmagadora maioria das pessoas não lhe pode fugir.
Acresce que actualmente esse imposto é a representação do Costa aldrabão, daquele Costa que diz que palavra dada é palavra honrada, mas que, quanto ao ISP, mentiu com todos os dentes que tinha e com que os que não tinha.
Eu por cá vou passar a fazer todas as minhas viagens de carro com o colete vestido, como forma de solidariedade com os franceses e como forma de protesto pelo que temos por cá.
Se houver manifestações em Portugal (assim espero), juntar-me-ei com todo o prazer. Será a primeira manifestação da minha vida enquanto trabalhador!
Já experimentaste o transporte público?
Isso sim, era uma manif á maneira, todos de transporte público, cidades sem carros e governo sem imposto.
Pois, eu já.
E você, já experimentou viver no interior? Provavelmente não, caso contrário nem teria falado de transportes públicos… É que Portugal não é só Porto e Lisboa e os transportes associados. Grande parte do país não é servida por qualquer transporte público.
Provavelmente o seu trabalho (se é que trabalha…) é do tipo “sedentário”, tendo de fazer apenas duas viagens por dia, uma de casa para o trabalho e outra inversa. Mas há milhares e milhares de pessoas que dependem de transportes individuais para trabalhar e o seu trabalho envolve fazer milhares de quilómetros por semana, usando muitas vezes viaturas de tipologia especial e adaptada ao trabalho em causa. Actualmente o custo a pagar para trabalhar é insuportável… Se não consegue ver isso, ou é cego, ou é burro!
“Se não consegue ver isso, ou é cego, ou é burro!”
Obrigado pela preocupação, felizmente não sou cego, quanto ao burro … se realmente me quer ofender, terá de se esforçar um pouco mais, pois ja me chamaram coisas piores.
Já agora, devo que confessar que á parte de Ponte de Lima, Vila Nova de Cacela e Olhão, nunca vivi fora das grandes cidades.
Confesso também que não trabalho tenho apenas uma ocupação de algumas horas (não mais de 16 ou 17) por dia em uma multinacional que me paga uns trocos por sua bondade (e porque o contrato assim o estipula) para me ajudar a pagar os gastos.
E sem contar com os 50.000 Km ao ano que faço, praticamente não conduzo
Agora em resposta á noticia e a si, sumidade e dono da verdade e da justiça, geralmente sou contra manifestações ou greves, não interessa a causa, acho que são armas (direitos) do cidadão que devem ser usadas em ultimo recurso ao contrario do que acontece na nossa sociedade que se usa por tudo e por nada.
A democracia que temos (embora pareça pouca) dá a população muitos outros meios de luta que devem ser esgotados antes de chegar a este ponto, infelizmente não é tão mediático e as associações e sindicatos gostam é de falar para as televisões.
Quando se faz uma manifestação ou greve, faz-se para parar uma empresa, uma estrada ou até mesmo um governo. Quer goste ou não, o governo somos todos nós quer tenha o não tenha votado nele(s) a maioria votou e a isso é viver em sociedade (pode sempre de mudar de pais, de sociedade e regime).
Respeitar isso, é ter respeito pelos outros, algo que muitos como você parece não saber, basta olhar para a sua resposta infantil. Não está de acordo comigo, impôs a sua idea e no processo tentou ofender-me faltando ainda ao respeito pelos cegos (baixando os cegos ao meu nível de burrice o que me parece ofensivo para eles).
O mesmo se passa em uma greve ou manifestação, um grupo impõe a sua idea prejudicando uma maioria da sociedade, veja por exemplo:
– Greve dos camionistas, todos pagamos mais pela escassez de produtos ou deixamos de ter produtos nos supermercados, combustível nas prateleiras.
– Greve dos professores, os alunos (nossos filhos e futuro da sociedade) é que recebem deficiente formação.
– Manif, seja ela qual for, quem sofre são os cidadãos que querem passar pelas estradas fechadas e perdem horas no carro ou transporte publico ou numa ambulância a caminho do hospital.
Enfim podia continuar com os exemplos mas provavelmente não faria nenhum sentido para si este conceito estranho de viver em sociedade.
Fique sabendo que para mim, o direito e respeito de liberdade de cada um termina onde começa o de outro.
Eu tenho o direito de fazer o que quiser, desde que não prejudique o seu direito.