A China tornou-se uma das maiores comunidades de mineração de criptomoedas, mas as autoridades do país podem alegadamente introduzir em breve medidas regulamentares sobre operadores de fazendas de criptomoedas.
Por isso, algumas das maiores empresas de mineração procuram expandir-se para o exterior. A Bitmain Technologies, uma das maiores mineradoras de bitcoin chinesa, planeia entrar no Quebec, Canadá.
O porta-voz da empresa, Nishat Sharma, disse à agência Reuters que a Bitmain Technologies está a discutir perspetivas de negócio com as autoridades regionais do Quebec. Além disso, a empresa planeia expandir-se ainda para a Suíça.
A mineração de bitcoin consome quantidades enormes de energia porque os computadores devem resolver problemas matemáticos para autenticar as transações com criptomoedas que estão guardadas no blockchain (cadeia de blocos em inglês). Esse processo requer muita energia.
Stephane Paquet, vice-presidente da empresa Montreal International que promove investimentos estrangeiros, referiu-se ao Canadá como o lugar das “bitcoins verdes”.
Segundo os dados da empresa de serviços públicos Hydro Quebec, a província tem um superávit de energia de 100 Terawatt-hora ao longo de dez anos. Um Terawatt-hora alimenta com energia cerca de 60.000 casas no Quebec durante um ano. O Quebec é rico em energia, por isso essa província está a atrair mineradores chineses.
“Nós, e pelo que eu entendo muitos dos nossos pares, já estamos a fazer planos para ir para o exterior”, disse Li Wei, diretor executivo da ZQMiner, uma empresa com sede em Wuhan que vende equipamentos de mineração de bitcoin e tem minas em três províncias chinesas.
David Vincent, diretor de desenvolvimento de negócios de distribuição da Hydro Quebec, declarou que dos cinco maiores mineradores de criptomoedas pelo menos três ou quatro estão a trabalhar com a sua empresa.
Atualmente, os mineradores querem encontrar serviços existentes no Quebec que já tenham edifícios e outras infraestruturas necessárias.
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