A SNCF, a empresa pública francesa de caminhos de ferro, cometeu um erro que vai custar dezenas de milhões de euros, ao comprar 341 carruagens mais largas do que suas plataformas de embarque das estações.
Por causa do engano, 1.300 estações terão que ser alargadas, com um custo de pelo menos 50 milhões de euros.
O problema foi revelado pela publicação francesa Le Canard Enchaîné, que informou que 2 mil comboios com o problema foram comprados por 15 mil milhões de euros.
A SNCF, porém, revela que o erro afectou na verdade apenas 341 comboios, sem especificar quanto custaram.
As informações são de que o equívoco aconteceu porque o operador nacional do sistema ferroviário, a RFF, forneceu as dimensões erradas à SNCF.
Segundo o correspondente da BBC em Paris, Christian Fraser, a RFF mediu as plataformas construídas há menos de 30 anos, sem ter em atenção que muitas das plataformas regionais em França foram construídas há mais de 50 anos, quando comboios eram um pouco mais estreitos.
Um porta-voz da RFF confirmou ter “descoberto o problema um pouco tarde”.
O ministro dos Transportes, Frederic Cuvillier, culpou um “sistema ferroviário absurdo” pelo problema.
“Quando se separa quem opera as linhas de quem gere os comboios, isto é o que acontece”, concluiu.
ZAP / BBC
Este ministro é ligeiro a atirar as culpas do capote, e como de costume “a culpa é do sistema”.
Por esta ordem de ideias, os aeroportos tinham que ser construidos e geridos pela Boeing, para que tudo funcionasse. E só haveria uma empresa no ramo automóvel, a Brisa, que geria as portagens, construía as pontes e fabricava os automóveis, para se ter a certeza de que passavam nas portagens e debaixo das pontes.
Seguindo a mesma linha de raciocínio, tinha que ser a Brisa a fazer o cimento das pontes, e o alcatrão das estradas… e as pistas dos aeroportos.
No limite, haveria uma única empresa no Mundo, que faria tudo. E até sabemos que nome tem essa empresa.