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Caminhar e correr torna-se agora mais fácil com estes novos calções robóticos

Cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, criaram uns calções robóticos que nos fazem sentir até sete quilos mais leves quando estamos a caminhar ou a correr.

Esta invenção poderá ajudar pessoas que caminhem grandes distâncias, mas os criadores esperam que venha a ajudar pessoas com dificuldades de locomoção. O engenho é composto por um par de calções flexíveis e um motor posicionado na parte inferior das costas, que facilita tanto a corrida, como a caminhada.

E é neste aspeto que a tecnologia dos cientistas de Harvard se diferencia das outras já criadas. Enquanto os outros calções apenas ajudam na corrida, estes facilitam ambas. O estudo foi publicado, semana passada, na revista Science.

O sistema tem a capacidade de perceber quando é que a pessoa está a caminhar ou a correr e adaptar-se. Isto porque segundo os especialistas, quando caminhamos, o nosso centro de massa move-se como um “pêndulo invertido”, e enquanto corremos ele move-se como um “sistema massa-mola”.

O motor dos calções é ligado às coxas da pessoa por uma série de cabos e, de acordo com o The Verge, consegue ajudar os músculos dos glúteos a movimentar mais facilmente as pernas. A bateria do motor tem uma sustentabilidade de cerca de 8 quilómetros. Atualmente, os calções pesam cerca de cinco quilos, mas os cientistas estão a trabalhar numa versão 40% mais leve.

Numa série de testes realizados numa passadeira, verificaram que os calções conseguiram reduzir com sucesso o custo metabólico de caminhar e correr — 9,3 e 4% respetivamente. Em caminhada, por exemplo, é o equivalente a sentirmos-nos sete quilos mais leves.

“Depois de usar o sistema durante cerca de 15 minutos, você começa a questionar-se se realmente está a ajudar, porque parece que está a caminhar normalmente”, disse David Perry, engenheiro de robótica e um dos criadores da tecnologia. “No entanto, assim que desliga os calções, as suas pernas de repente parecem pesadas e você percebe o quanto estava a ajudar”, explicou, citado pela Scientific American.

ZAP //

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