Chama-se F-Zero Camera. Um adaptador universal que pode melhorar as fotos que tira no telemóvel.
O que mistura fotografia, química, tecnologia, telemóveis e probabilidades?
A câmera F-Zero. Que no fundo é um adaptador.
É apresentada como um salto sem precedentes na tecnologia fotográfica que quebra as limitações da óptica convencional e permite tirar fotografias que, até aqui, eram impossíveis.
A abertura da câmara é o componente que se comporta de maneira semelhante à pupila do olho humano. É traduzida pela letra F.
Esta abertura regula a quantidade de luz que entra pela lente.
Um número F baixo equivale a uma abertura maior; permite a entrada de mais fotões e uma profundidade de campo mais rasa, dando aquela aparência profissional em que o tema central é perfeitamente nítido, mas o fundo e os primeiros planos ficam desfocados (algo de que o cérebro humano gosta).
O F mínimo até agora era F0,95. Até porque as leis da Física não permitiam mais baixo do que isso.
A faixa de abertura desta câmara é de F0,3 a F0,6 – números inéditos.
A F-Zero chega a este patamar nunca visto devido a três aspectos do seu design, descreve o portal Petapixel.
“A lente do sistema é nominalmente uma lente 500mm f/4.5; se fosse montada directamente numa câmara, iria comportar-se assim. No entanto, a lente projecta um círculo de imagem muito maior do que o tamanho de um sensor de câmara”, explicam os criadores da inovação.
Ao projectar essa imagem no nosso sensor intermediário, “mantemos a profundidade de campo super rasa, mas criamos um campo de visão muito mais amplo. O resultado é um efetivo 65mm f/0.6. Então capturamos essa imagem usando uma câmara acoplada na parte traseira do sistema, uma câmara que pode ser qualquer coisa”.
F-Zero é um adaptador universal, pode melhorar o desempenho de qualquer câmera. Até nos telemóveis.
Permite capturar imagens mais brilhantes em condições de pouca luz, tornando-a uma ferramenta ideal para fotos nocturnas ou ambientes internos íntimos, sem ter que recorrer a flash ou iluminação artificial.
A profundidade de campo é menor, as fotografias vulgares passam a ser muito boas, o desfoque de fundo é requintado. E as resolução e nitidez de imagens mantêm-se.
Abaixo de 0.95 é difícil, mas não impossível.
As máquinas de RX usavam lentes abaixo de 0.95
O Stanley usou uma lente 0.7
https://en.wikipedia.org/wiki/Carl_Zeiss_Planar_50mm_f/0.7
Várias lentes com F inferior a 0.95:
https://en.wikipedia.org/wiki/Lens_speed
A adaptação a um telemóvel de pouca utilidade será. Para que haja utilidade num telemóvel ou mesmo numa câmera será necessário que essa seja a única objetiva. Algo difícil nos telemóveis pois não é possível remover a objetiva com que vêm equipados.