Rodrigo Gatinho / portugal.gov.pt
O antigo ministro da Economia, António Pires de Lima, criticou, numa artigo de opinião publicado no semanário Expresso, Francisco Rodrigues dos Santos, líder do CDS.
Numa artigo de opinião publicado no semanário Expresso este sábado, António Pires de Lima não poupou as críticas à direção do CDS, mostrando-se cético em relação ao futuro do partido.
“Temo que a apressada liderança do Francisco [Rodrigues dos Santos] conduza o CDS à irrelevância. (…) Aquilo que se vê é o partido reduzido à dimensão de um homem só, demasiadamente só para poder dar conta do recado”, escreveu o antigo ministro da Economia.
O político aponta críticas ao rumo escolhido pela direção do CDS. “O peso político e a capacidade de liderança não se inventam. Regra geral, e salvo casos de talento excecional, implicam mesmo anos e anos de experiência. Ganhar a JP e depois ganhar o congresso não é o mesmo que ganhar o país. ‘Cadelas apressadas parem filhos cegos’”, continuou.
No mesmo artigo, Pires de Lima pede à atual liderança do CDS que arrepie caminho antes que seja demasiado tarde.
“A última oportunidade para o partido será o próximo congresso. Pode mesmo ser a última estação. (…) Fico na esperança de que a escolha de Aveiro e os seus apoiantes aprendam rápido pelo caminho e convençam o país. Ou de que, se assim não for, o partido aprenda com as suas escolhas e possa evitar que a próxima estação seja a última estação. O CDS faz muita falta à democracia portuguesa e não devia acabar assim”, rematou.
Enquanto os partidos não começarem a falar para o País e o que pretendem fazer e como todos tem tendência a ter menos votos cada vez que há eleições, já era tempo de em vez de falarem dos outros falassem deles próprios todos têm rabos de palha.